quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cantinho da Leitura

No dia 16 de Fevereiro foi o dia da primeira sessão do Cantinho da Leitura, do Programa Pampi, no Centro de Convívio de Sardoal.
 
Como foi a primeira vez, ainda não se sabia bem os gostos dos participantes, por isso, e sendo a semana do Dia dos Namorados, foi lida a história Apaixonados, com texto e ilustração de Rebecca Dautremer.
As ilustrações são lindas, não fosse um trabalho desta ilustradora fantástica. O texto é simples, mas muito bonito.
Fala da Salomé que não sabia o que era estar apaixonada...mas acha as reacções do Ernesto estranhas....será que está apaixonado?
Vai então conversando com os amigos, todos crianças, que lhe vão dando explicações de como é estar apaixonado...mas claro, tudo do ponto de vista das crianças. Uma bela história.

Depois, foram lidas duas histórias do livro Zás-Trás-Pás eis os contos que o livro traz, a história Cabaça Cabacinha e Avoa, avoa por cima de toda a folha.
Duas histórias tradicionais, que logo disseram que já conheciam mas não assim. A Avoa avoa era uma das história contadas à lareira quando era pequena.

Alusivos ainda ao Dias dos Namorados, fizeram um coração em quilling. Uma técnica muito simples, mas com efeitos muito bonito.
Basta ter uma tira de cartolina, este caso, vermelha, dobrar ao meio e cada ponta enrolar para dentro. Deixar um bocado por enrolar e desenrolar naturalmente, para que forme um coração. Colaram sobre um quadrado de cartolina branca, assim sobressai mais.
Como é costume, a conversa começou nas histórias, mas quando demos conta já falávamos de comida, da quinta-feira das comadres, de fazer flores com pão...etc. As flores de pão ficaram para a próxima! Vamos todos aprender.

A quinta-feira das comadres será na próxima quinta, pois é duas semanas antes do Carnaval. Costumavam fazer comida, arroz doce, mas só as mulheres...os homens não. As mulheres iam a cavalo num baú, mas os homens não.

 






Ano Europeu do Voluntariado - Divulgação

Ano Europeu do Voluntariado


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 10 de Fevereiro os utentes do Centro de Dia vieram ao Espaço Internet escrever poemas de amor.

Tinham dois poemas de escritores conhecidos para copiarem, as senhoras preferiram o de Almeida Garrett, "Olhos Negros"; já os senhores preferiram o de Florbela Espanca "Amar".
O Sr. Augusto como sempre, preferiu escrever coisas dele e nós achamos muito bem, até porque consegue manusear o computador sozinho.


OLHOS NEGROS

POR TEUS OLHOS NEGROS, NEGROS

TRAGO EU NEGRO O CORAÇÃO

DE TANTO PEDIR-LHE AMORES…

E ELES A DIZER QUE NÃO.


E MAIS NÃO QUERO OUTROS OLHOS,

NEGRO S, NEGROS COMO SÃO,

QUE OS AZUIS DÃO MUITA ESPERANÇA

MAS FIAR-ME NELES, NÃO.


SÓ NEGROS NEGROS OS QUERO

QUE, EM LHES CHEGANDO A PAIXÃO,

SE UM DIA DISSEREM SIM…

NUNCA MAIS DIZEM QUE NÃO.


 

LUDOVINA DE JESUS

CIMO DOS RIBEIROS, ALCARAVELA

89 ANOS

IDALINA DE JESUS

ENTREVINHAS

86 ANOS


Olhos negros

Por teus olhos negros, negros

Trago eu negro o coração,

De tanto pedir-lhe amores…

E eles a dizer que não.
 
E mais não quero outros olhos,

Negros, negros como são,

Que os azuis dão muita esperança

Mas fiar-me eu neles, não.

 

Só negros, negros os quero,

Que, em lhes chegando a paixão,

Se um dia disserem sim…

Nunca mais dizem que não.

 

Maria da Conceição Marques

79 anos

Cerro do Outeiro, Mação


Luísa do Rosário

87 anos

Mouriscas


Amar!!!

 

Eu quero amar, amar perdidamente!

Amar só por amar: aqui… além...

Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…

Amare! Amar! E não amar ninguém!

Gregório
Amar!!!

Recordar? Esquecer? Indiferente !...

Prender ou desprender? É mal? É bem?

Quem disser que se pode amar alguém

Durante a vida inteira é porque mente!

Manuel André











 









Era o amparo de mãe amava como

Ninguém um dos seus maiores amores

Era um rapaz muito honrado sentinela

Nos açores o seu lindo fardamento

Bonito todo cinzento que lhe ficava

Tão bem abraçado e a sorrir tira antes

De partir o retrato amais a mãe a pátria

Foi defender com grande saudade em

Quanto estivesse ausente passa dois

Anos ao lar volta pra mãe abraçar a

Transbordar de alegria quando as

Vizinhas à porta lhe dizem a mãe está

Morta sepultada de à três dias louco mal. Tirou o fato foi se abraçar ao retrato ao Cemitério dalém mas no silêncio finério procurou no cemitério a

Campa da sua mãe o cachão desenterrou e chorar se abraçou ao corpo da mãe gelado não chore mãezinha sorri não chore que esta junto a si o seu filhinho adorado esteve até de madrugada a chamar pela mãe amada e ao fim calou-se também o que triste caso aquele de manhã deram com ele morto abraçado à mãe.

Augusto Serras









quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PAMPI - Programa de Apoio Municipal à Pessoa Idosa

Os Serviços de Saúde e Acção Social da Câmara Municipal vão levar a cabo algumas acções dedicadas à população idosa do nosso concelho.

Um programa que foi inserido no PAMPI foi a hidroginástica na Piscina Municipal Coberta. Estas aulas são gratuitas para a população idosa, tal como o transporte.

Agora vão ter outras ofertas: Aulas de Dança, O Cantinho da Leitura, Entre Linhas e Bordados, Avô Online; Aulas de Teatro e Aulas de Pintura.

Assim, cada dia há uma actividade diferente que pode ter a duração de 1h, como o caso do Cantinho da Leitura, ou a tarde toda, como Entre Linhas e Bordados.

A grande vantagem de tudo isto, além de ocupar o tempo positivamente destes idosos, todas as actividades são gratuitas.

Para as aulas de bordados, cada um tem de levar o seu material.

As aulas de Teatro, Dança; o Cantinho da Leitura e Entre Linhas e Bordados, decorrerão no Centro de Convívio de Sardoal, no Antigo Ensaio da Música. Já o Avô Online será no Espaço Internet, na Biblioteca Municipal de Sardoal, mesmo ao lado da Câmara.

Quem conhecer algum idoso que possa e que queira inscrever-se, basta dirigir-se aos Serviços de Saúde e Acção Social da Câmara.

Acho que é mesmo de aproveitar!










quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Profissão dos Nossos Avós - Pastor

No dia 9 de Fevereiro a turma B do 1º Ciclo de Sardoal foram conhecer uma profissão do tempo dos avós deles: Pastor.
Como se tratava de uma profissão complicada de levar à Biblioteca e perdia metade do sentido, fomos até ao campo ter com o Agostinho Esperto, o pastor.

Pelo caminho passámos pela Fonte Velha, que tem uma lenda, diz-se que tem dois potes, um com outro e outro com peste. Quem os encontrar não sabe o qual vai abrir...se abrir o da peste, ficamos todos doentes, mas se for o do ouro, fica rico.
Como é uma das mais antigas fontes, ainda se nota o sítio onde as pessoas pousavam os cântaros para levar a água.
Depois passámos pelo sobreiro do D. Maria, um grande sobreiro, muito antigo e classificado.

E lá fomos andando até que encontrámos o Agostinho e a sua irmã, acompanhados pelos cães e cerca de 275 cabeças, ovelhas, cabras e filhotes.

Primeiro tivemos contractos com os filhotes, borregos pequenos, o primeiro com três dias de vida.

Se no início estavam um bocadinho envergonhados, alguns minutos depois já andavam a correr atrás das cabras e das ovelhas, a tentar fazer-lhes festas; mas elas fugiam. Já pareciam pastores.

Depois, o Agostinho foi buscar uma cabra para aprendermos a ordenhar, ou seja, a tirar o leite. Trouxe-nos a Castanha, uma cabra que no ínico estava com um bocadinho de medo. Mas o Agostinho logo disse, que nenhum daqueles animais era perigoso nem marrava, mesmo aqueles que tinham cornos, porque tem os sobrinhos pequenos e claro que animais desses não podia ter.

As crianças em pouco tempo já estavam a tirar o leite! Todos queriam experimentar.

Entretanto, lá iam aparecendo com mais animais ao colo, pequeninos e muito sossegados.
Reparamos que algumas ovelhas tinham a lã maior que outros, o Agostinho explicou que era por serem de raças diferentes. A raça da Serra da Estrela é maior, protege mais da chuva.
Havia de muita cores, brancas, castanhas, malhadas, pretas...

Quando uns dos borregos era libertado, corria logo para a mãe e na direccção certa, faziam "méé" e logo encontrava. E porque? Porque quando nascem a mãe lambe o filhote e fica a conhecer o cheiro dele e a cria, o da mãe.

A animação era muita, andavam já a correr atrás dos animais, a tentarem apanhar algum, mas eles fugiam. Os cães é que não percebiam muito o que se estava a passar, mas estavam sossegados em vigilância, só reagiam com a ordem dada  pelo Agostinho. É impressinante como eles entendem cada assobio e cada ordem verbal e fazem exactamente aquilo que lhes pedem.

Depois apareceu a senhora com um borrego que mais parecia a Ovelha Choné, preta, mesmo preta e com algumas partes brancas. Todos queriam pegar ao colo.

Mas antes de irmos embora tivémos uma grande surpresa!
Uma das cabras estava quase a dar à luz! Seria um momento único para todos!
O Agostinho foi ver como estava a decorrer o parto, se estava quase ou não, afinal estava quase quase. Lá fomos atrás dele para perto do local onde estava a cabra. Não podíamos fazer barulho, a cabra não podia ficar nervosa. Esperámos uns minutos e lá começámos a ver a cabeça do cabrito e depois o resto do corpo. Mal chegou ao chão "chourou" e a mãe começou a limpá-lo. Este era o primeiro cabrito, porque a cabra tinha mais um para nascer. Mas infelizmente o tempo voou e nós tivemos de vir embora.

No final, agradecemos ao Agostinho e à sua irmã. Foi uma forma bem diferente de vermos uma profissão.

Se tivesse sido na Biblioteca, estávamos confinados a um local, assim, fomos memso ao espeço onde andava o pastor, desta forma, foi muito mais realista.

O nosso muito obrigado ao Agostinho!




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

183º Aniversário de Júlio Verne

Jules Gabriel Verne nasceu a 8 de Fevereiro de 1828, em Nantes, França.
 
Estreou a sua primeira peça de teatro em Paris, aos vinte e dois anos de idade e, um ano depois, em 1851, o seu primeiro conto de ficção científica, Un Voyage En Ballon. 
O episódio Cinq Semaines En Ballon (1863) garantiu a Júlio Verne a popularidade necessária ao seu estabelecimento como escritor a tempo inteiro e inspirou mais tarde, em 1872, a sua famosa obra La Tour du monde en quatre-vingt jours (A Volta ao Mundo em 80 dias).

Em Le Voyage Au Centre De La Terre (1864, Viagem ao Centro da Terra), descrevia uma expedição científica ao núcleo terrestre, antecipando um sonho de muitos investigadores. O mesmo aconteceu com De La Terre À La Lune (1865, Da Terra à Lua), romance que encontraria uma continuação em Autour De La Lune (1870, À Volta da Lua) mais de cem anos antes desta acontecer na realidade.

Faleceu a 24 de Março de 1905, em Amines, França.
 
 
 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

199º Aniversário de Charles Dickens

Celebra-se hoje, dia 7 de Fevereiro, o 199º aniversário de Charles Dickens, o nosso Autor em Destaque para o mês de Fevereiro.


Charles John Huffman Dickens nasceu a 7 de fevereiro de 1812, em Portsmouth, Inglaterra.

Aos doze anos a vida de Dickens mudou drasticamente, foi trabalhar para a fábrica Warren Blacking , de sapatos.

Os romances foram publicados em revistas, o Oliver Twist entre 1837 e 1839, seguido por Nicholas Nickleby (1838-1839), The Old Curiosity Shop (1840-1841) e Barnaby Rudge (1841), Um Conto de Natal (1843), The Chimes (1844), O Grilo na Lareira (1845), A Batalha da Vida (1846), e The Haunted Man (1848). Dickens tinha encontrado um público que esperava ansiosamente pelas suas publicações.

Charles Dickens morreu a 9 de junho de 1870, na sua casa, Gad's Hill, Inglaterra.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Almeida Garrett - 212º aniversário

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu a 4 de Fevereiro de 1799 no Porto e faleceu 9 de Dezembrode 1854  em Lisboa.

Deixou obras-primas na poesia, no teatro e na prosa.
Fica aqui o link para uma das suas obras: Frei Luís de Sousa, na Biblioteca Digital da Porto Editora:
 
Esta obra retrata uma família do século XVI, Manuel Luís de Sousa Coutinho e sua esposa, D. Madalena de Vilhena, uma mulher muito supersticiosa, que acreditava que qualquer sinal que achasse fora do normal era um presságio. Enquanto que Manuel, um homem corajoso, patriota, provado historicamente que era possuidor de um grande amor por Madalena, não se importava com o passado da sua esposa. Esta vivia com muitos receios em relação ao facto do seu primeiro marido, D. João de Portugal, que, apesar de se pensar que teria sido morto na batalha de Alcácer Quibir, podia ainda vivo e regressar a Portugal tornando ilegítimo o casamento de Manuel. O casal tinha uma filha, D. Maria de Noronha, uma jovem que sofria de tuberculose. É-lhes concedido também um aio, Telmo Pais, que ainda é leal ao seu antigo amo, D. João de Portugal, para além de ser contra o segundo casamento de D. Madalena. Conselheiro atencioso e prestativo que tem um carinho enorme por D. Maria Assada. O desfecho da obra é originado por Manuel de Sousa que incendeia a sua casa a fim de não alojar os governadores. Ao perceber que Manuel destruíra a sua própria casa, onde residia o quadro de D. João de Portugal, Madalena toma esta situação como um presságio, pressentindo que iria perder Manuel tal como perdeu a sua casa e o seu quadro. Consequentemente, Manuel vê-se forçado a habitar na residência que dantes fora de D. João de Portugal.
 Este regressa à sua antiga habitação, como romeiro. de onde todos nós conhecemos a célebre frase: "Romeiro, romeiro quem és tu?", ao que ele responde "´Ninguém..."
Quando ele identifica o quadro de D. João, o casal decide ingressar na vida religiosa adoptando novos nomes: Frei Luís de Sousa e Sóror Madalena.
 Considera-se um drama romântico, pois possui algumas características de um clássico: o nacionalismo, o patriotismo, a crença em agoiros e superstições, o amor pela liberdade (elementos românticos); indícios de uma catástrofe, o sofrimento crescente, o reduzido número de personagens, peripécias, o coro (elementos clássicos)




quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela - Hora do Conto

No dia 3 de Fevereiro os utentes do Centro de Dia de Alcaravela vieram à Hora do Conto.

Ouviram duas histórias do livro de Luísa Dacosta, Lá Vai Uma… Lá Vão Duas…
Uma com um vocabulário antigo, mas com uma história engraçada, que falava de um senhor que não gostava lá muito de pagar aos seus empregado. Até que aparece lá um desconhecido...primeiro teve de descobrir o que queria dizer as palavras...como o mata-ratos...ora, nada mais nada menos que um gato, pois claro.

A outra história falava de uma rapariga que vivia num monte, perto da aldeia, vivia com pouca coisa, mas chegava para viver feliz. Um dia apareceu um desconhecido, que acolheu prontamente em casa...o qual estranhou e perguntou se não tinha medo de ladrões...ora ela não tinha nada para roubar. Partilhou a comida e seguiu viagem o estranho.
Num ano mau, graças à sua cabrita "Estrela", deu de beber leite a umas crianças, cujo pai era viúvo e sem emprego. Quando arranjou emprego, encheu-se de coragem e pediu a rapariga em casamento.

As conversas são como as cerejas...e depois de falarmos sobre as histórias, conversámos de tudo um pouco.
Até do dia de Nossa Senhora das Candeias, que foi ontem, dia 2 de Fevereiro. Segundos este senhores, e já dizia a minha avó, se as Candeias sorrissem estava o inverno para vir, se chorassem, estava o inverno for. Pois...ontem sorriu, por isso ainda teremos mais dias de inverno.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 26 de Janeiro os utentes do Centro de Dia de Alcaravela vieram ao Espaço Internet.
Nesta sessão escreveram as ementas das refeições que se fazem nas matanças dos porcos.

São alturas em que toda a família está reunida, os vizinhos são convidados e amigos, para ajudarem a matar e desmanchar o porco, mas também ter boas refeições e tempos de convívio.


Ementa das matanças do porco de Alcaravela
Almoço do dia da matança

- Cabeças de nabo com feijão

- Arroz de bacalhau

- Molho de bacalhau



Jantar do dia da matança

- Sopa

- Couves de carne



Dia desmancha

Almoço

- Restos do dia anterior

- Semeneita (cebolada de fígado)

- Morcela assada



Jantar

- Arroz do osso do peito

- Couves de carne

- Miolada

_________________



>Gregório Matos

>Maria da Conceição Marques



Ementa das matanças do porco em Alcaravela

 
Almoço do dia da matança

- cabeças de nabo com feijão

- arroz bacalhau



jantar do dia da matança

- sopa

- couves de carne (cozido à portuguesa)

 
dia da desmancha

 
almoço

-resto do dia anterior

- semeneita (cebolada de figado)

- morcela assada

jantar

- arroz do osso do peito

- couves de carne

- miolada

 
Manuel Joaquim Navalho

Luísa do Rosário


O Sr. Augusto como sempre, preferiu fazer algo de diferente, até porque consegue escrever sozinho.

Acorda que estas dormindo



Nesse Sono tão profundo


À porta te estão Pedindo


Prás almas do outro mundo






Prás almas do outro mundo que elas


Não podem cá vir dai esmola se puderes


Nos Cá Estamos a pedir não pedimos vossas Riquezas só lhe pedimos as migalhinhas que sobram das vossa mesas






Oh minha RICA SENHORA Os VERSOS


VAO ACABAR VENHA DAR A ESMOLA


SE A SENHORA A QUIZER DAR






FICO LHES MUITO OBRIGADO


PELA OFERTA QUE NOS VEIO


DAR SE PRO ANO FORMOS VIVOS


CÁ TORNEMOS A VOLTAR


AUGUSTO SERRAS


VALE FERNANDO ALCARAVELA


SARDOAL








terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Folheto do mês de Fevereiro

Autor em Destaque do mês de Fevereiro - Charles Dickens

Charles John Huffman Dickens nasceu a 7 de fevereiro de 1812, em Portsmouth, Hampshire, Inglaterra.

Filho de Elizabeth Barrow e de John Dickens , um funcionário da Marinha. Charles tinha uma irmã mais velha, Frances, conhecida como Fanny, e irmãos mais novos Alfred Allen, Letícia Maria, Harriet, Frederico Guilherme conhecido como Fred, Lamert Alfred, e Augusto Newnham.

Era um leitor voraz de autores como Henry Fielding, Daniel Defoe, e Oliver Goldsmith. Aos doze anos a vida de Dickens mudou drasticamente, o pai foi preso por dívidas e a família foi com ele. Contudo, Dickens foi trabalhar para a fábrica Warren Blacking, de sapatos para ajudar no sustento da família, colando etiquetas nas caixas. Foi assim introduzido num mundo completamente diferente, que veio a influenciar futuras personagens como Oliver Twist, David Copperfield, e Pirrip Philip, baseados nas suas próprias experiências.

Após a saída do pai da prisão, a mãe pediu para que continuasse a trabalhar, contudo o pai inscreveu-o no Wellington House Academy, em Londres, como um aluno dia a partir de 1824-1827, tentou salvá-lo de uma vida de trabalho na fábrica e colocando-o no caminho para se tornar um escritor.

O primeiro foi publicado em 1836, um ano frutífero para ele. Ele se casou com Catherine Hogarth, filha do editor da Crónica da Noite em 2 de abril de 1836, no St. Luke's, em Chelsea. O casal teve dez filhos: Charles Culliford Boz, Mary (Mamie), Kate Macready, Walter Landor, Francis (Frank) Jeffrey, Alfred Tennyson, Sydney Smith, de Henry Fielding, Dora Annie, Edward Bulwer Lytton. No ano de 1836 começou um período bastante bom para Dickens, os romances foram publicados em revistas, o Oliver Twist entre 1837 e 1839, seguido por Nicholas Nickleby (1838-1839), The Old Curiosity Shop (1840-1841) e Barnaby Rudge (1841), Um Conto de Natal (1843), The Chimes (1844), O Grilo na Lareira (1845), A Batalha da Vida (1846), e The Haunted Man (1848). Dickens tinha encontrado um público que esperava ansiosamente pelas suas publicações.

Charles Dickens morreu de uma hemorragia cerebral a 9 de junho de 1870, na sua casa, Gad's Hill.

Está enterrado na ala dos poetas na Abadia de Westminster, em Londres, no seu túmulo pode ler-se "Ele era um simpatizante dos pobres, dos sofredores e oprimidos, e por sua morte, um dos maiores escritores da Inglaterra é perdido para o mundo."

Na Biblioteca:

Oliver Twist


Um Conto de Natal

David Copperfield

A Loja de Antiguidades

Nicholas Nickleby

Tempos difíceis


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

1ª Mostra de Cozinha Fervida e Vinhos do Sardoal

De 1 de Fevereiro a 6 de Março o Sardoal vai dedicar especial atenção à Cozinha Fervida.

A Cozinha Fervida é um dos nossos pratos típicos, feito com pão de milho, couve ratinha, feijão encarnado, azeite, louro, alho e sal.
Antigamente era feito com sobras de pão, que era cozido todas as semanas. Quando sobrava, não deitavam fora, mas aproveitavam para fazer a Cozinha Fervida. 

Normalmente acompanha bacalhau assado.

Assim, a partir de amanhã, dia 1 de Fevereiro, podem vir até aos restaurantes Quatro Talhas, Três Naus, Dom Vinho ou Fragata e provar a nossa Cozinha Fervida.

Esta mostra inclui os vinhos do nosso concelho, da Quinta do Côro e da Quinta do Vale do Armo.



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Encontro com o Passado - Turma A

No dia 21 de Janeiro, a Turma A do 1º Ciclo de Sardoal tiveram um Encontro com o Passado.Este ano o nosso Encontro é na Igreja Matriz, e foi lá que fomos. 
A Turma A tem crianças do 1º ano, são os mais pequenos.

Primeiro foi-lhes explicado que não se tratava de uma sessão de catequese, apesar de irmos a uma igreja, pois a Cultura em Portugal também passa pelas nossas igrejas.

A igreja Matriz é a principal de Sardoal, com diferentes tipos de decoração, em pedra e madeira, que levavam muito tempo a fazer.

Fomos ver os quadros do Mestre do Sardoal, onde ficaram a conhecer cada um deles com mais pormenor e que naquela altura os pintores não pintavam o que queriam, mas sim consoante a encomenda. Nem pintavam quando lhes apetecia, só quando tinham trabalhos encomendados, não era nada como agora.

As pinturas são sobre madeira e serviam para exemplificar a mensagem que os sacerdotes pretendiam transmitir, pois naquela altura em cada 100 pessoas, só uma sabia ler e escrever; e as missas eram em latim...o que complicava ainda mais.
Depois vimos a Pietá de pedra e fomos para a capela-mor; onde viram o retábulo em talha dourada, com cachos de uvas a decorar, para simbolizar o vinho. Foi então que o Sr. Fernando Moura explicou e mostrou um cálice, a água e o vinho que o Sr. Padre usa e uma hóstia. Viram também os azulejos, com S. Tiago a lutar contra os mouros.
Nos altares laterais viram os santos, com especial atenção para os santos de roca, ou seja, de vestir, a Nossa Senhora das Dores e o Senhor dos Passos.
No altar de S. Pedro, viram que este santo estava diferente daquele que tinham visto nas pinturas do Mestre do Sardoal, pois estava vestido de Papa.
No final, viram o confessionário e a pia baptismal.

Agradecemos ao Sr. Fernando pela amabilidade que tem vindo a ter e à paróquia de Santiago e S. Mateus, por nos possibilitar a visita à Igreja Matriz.

Tem sido uma forma diferente das crianças conhecerem o rico património que a vila de Sardoal tem.








 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 20 de Janeiro, os utentes do Centro de Dia de Alcaravela vieram assistir à Hora do Conto.


As histórias que ouviram foram retiradas do Livro com Cheiro a Morango, de Alice Vieira. Ouviram três histórias; a primeira falava da Vaca Balbina que queria ser bailarina e que não gostou nada de ver uns campistas a comerem carne...imagina-se porquê!


A outra falava dos malmequeres...uns gostavam mais de amores-perfeitos…mas a melhor flor que se podia ter no jardim era mesmo a couve-flor. Além de ser bonita também se podia comer e em tempo de crise, nada melhor.


A terceira história falava de um mordomo, o Gastão, que era muito educado e trabalhava para um Condessa...que queria beber leite, mas não tinham vaca pois viviam num apartamento; mas ela continuava a querer beber leite...talvez viesse da loja...mas tinham dívidas e não lhes vendiam fiado. A solução foi tomar chá.


Estas são algumas das histórias que podemos encontrar neste livro, que cada página liberta um agradável cheio a morango, sempre acompanhado por uma história engraçada.


Depois conversámos sobre muita coisa...além das histórias, sobre os Censos 2011, porque é um assunto importante para ir informando que vai decorrer na freguesia onde vivem. Além de os alertar para a eventualidade de aparecer pessoas que nada têm a ver. Quando nós soubermos quem fica na freguesia de Alcaravela, iremos avisá-los; assim ficam a saber quem poderá aparecer.


Um dos senhores, sugeriu mesmo que já que uma das formas de preenchimento é através da Internet, numa das suas visitas ao Espaço Internet, a actividade seja o preenchimento do mesmo. Sugestão registada!




quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 12 de Janeiro os idosos do Centro de Dia de Alcaravela vieram ao Espaço Internet.

Como estamos no mês de Janeiro, escreveram quadras relacionadas com as Janeiras.

Na nossa zona há essa tradição de cantar as Janeiras e os Reis.
Grupos de pessoas juntam-se e vão pelas ruas das localidades cantar.

Estes idosos são da freguesia de Alcaravela, e lá há dois grupos distintos, os que cantam as Janeiras e os Reis.
Assim, escreveram duas quadras com as Janeiras.
Alguns já conseguem escrever sozinhos no computador, outros dizemos quais as teclas que devem carregar para escreverem. No final de contas, são realmente eles que escrevem, com ou sem ajuda.
Levaram impressas as quadras, sempre com muito orgulho!


VAMOS CANTAR AS JANEIRAS
 
ACORDAI SE ESTAIS DORMINDO,

NESSE SONO TÃO PROFUNDO,

A PORTA VOS ESTÃO PEDINDO,

P’LAS ALMAS DO OUTRO MUNDO.

 

AS ESMOLAS QUE NOS DAIS

NÃO JULGUEIS QUE AS COMEMOS

ELAS SÃO DITAS EM MISSAS

PELAS ALMAS QUE LÁ TENDES

(Sr. António e D. Luísa)


As janeiras



Acordai se estais dormindo,

Nesse sono tão profundo,

À porta vos estão pedindo,

P’las almas do outro mundo.


Vamos cantar as janeiras

Vamos cantar as janeiras

Por esses quintais adentro vamos

Às raparigas solteiras.

(Gregório)


O MINHA RICA SENHORA


VENHA VER O QUE CA VAI

VENHA DAR A SUA ESMOLA

SE A SENHORA A QUISER DAR


FICO LHES MUITO OBRIGADO

PELA OFERTA QUE NOS VEM DAR SE PRO ANO FOMOS

VIVOS CA TORNEMOS A VOLTAR

(Sr. Augusto)