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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Autor em destaque do mês de Outubro: John Le Carré

David John Moore Cornwell nasceu a 19 de Outubro de 1931, em Poole, Dorset, Inglaterra.

Filho de Richard Thomas Archibald Cornwell e Olive (Gassy) Cornwell.

Estudou em Berna e em Oxford e foi professor em Eton. Trabalhou no Serviço de Relações Exteriores britânico, entre 1959 e 1964, inicialmente como segundo secretário na Embaixada Britânica em Bonn e, posteriormente, como Cônsul Político, em Hamburgo. Foi nessa altura que começou a usar o seu pseudónimo: John Le Carré, o espião.

Dedicou-se exclusivamente aos romances, após o grande sucesso do seu livro Um Espião que Veio do Frio, editado em 1963.

Muitos dos seus romances foram adaptados ao cinema.

Já publicou mais de 21 títulos, e segundo o autor, os três primeiros escritos na sombra, enquanto espião.

É considerado um dos melhores escritores de Espionagem de Ficção na Literatura do Século XX.

Recentemente John le Carré, o jornalista e ex-dissidente polaco Adam Michnik e o francês Ariane Mnouchkine, foram galardoados com a Medalha Goethe pelo seu contributo para o intercâmbio cultural.

Este ano celebra os seus 80 anos de vida.


Na Biblioteca pode requisitar os seguintes livros:

Um Crime Quase Perfeito 


O Peregrino Secreto

O Alfaiate do Panamá

A Gente de Smiley

A Paz Insuportável

Chamada Para a Morte

terça-feira, 1 de março de 2011

Autor em destaque mês de Março - Alexandre Herculano

Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu a 28 de Março de 1810, em Lisboa no Pátio do Gil, à Rua de S. Bento, numa modesta família de origem popular.

Sua mãe, Maria do Carmo de São Boaventura, filha e neta de pedreiros da Casa Real; e o pai, Teodoro Cândido de Araújo, era funcionário da Junta dos Juros (Junta do Crédito Público).

Alexandre estudou Humanidades na Congregação do Oratório, onde se iniciou na leitura meditada da Bíblia, o que viria a marcar profundamente. Impedido por dificuldades económicas e familiares de frequentar a Universidade, preparou-se para ingressar no curso prático de Comércio e estudando Diplomática na Torre do Tombo, onde aprendeu os rudimentos da investigação histórica. Por esta altura, com 18 anos, já se manifestava a sua vocação literária: aprendeu o francês e o alemão, fez leituras de românticos estrangeiros e iniciou-se nas tertúlias literárias da marquesa de Alorna, que viria a reconhecer como uma das suas mentoras. Em 1831, envolvido numa conspiração contra o regime miguelista, foi obrigado a exilar-se, primeiro em Inglaterra (Plymouth) e depois em França (Rennes).

Em 1832, participou no desembarque das tropas liberais em Mindelo e na defesa do Porto, onde foi nomeado segundo-bibliotecário e encarregue de organizar os arquivos da biblioteca. Em 1839, aceitou o convite de D. Fernando para dirigir as bibliotecas reais da Ajuda e das Necessidades.

Em 1851 fundou o jornal O País, mas logo se desiludiu, seguindo-se o jornal O Português, em 1853. Dois anos depois foi nomeado vice-presidente da Academia Real das Ciências e incumbido na recolha dos documentos históricos anteriores ao século XV - tarefa que viria a traduzir-se na publicação dos Portugaliae Monumenta Historica, iniciada em 1856.

No mesmo ano tornou-se um dos fundadores do partido progressista histórico. Entre 1860 e 1865 participou na redacção do primeiro Código Civil Português e defendeu o casamento civil. Em 1867, desgostoso com a morte precoce de D. Pedro V, rei retirou-se para a sua quinta em Vale de Lobos, onde se dedicaria quase exclusivamente à vida rural, casando com D. Maria Hermínia Meira, a sua namorada desde a juventude. Em 1872 foi publicado o primeiro volume dos Opúsculos

Morreu em Santarém, a 18 de Setembro de 1877, aos 67 anos, de pneumonia.

Na Biblioteca:

Eurico, O Presbítero, Lendas e Narrativas

O Bobo
A Dama de Pé-de-Cabra
O Monasticon, Tomo I, II e III
O Monge de Cister, Tomo II e I
História de Portugal, Tomo I, II e III
Opúsculos I
Alexandre Herculano, Um homem e uma ideologia na construção de Portugal, de Cândido Beirante e Jorge Custódio


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Autor em Destaque do mês de Fevereiro - Charles Dickens

Charles John Huffman Dickens nasceu a 7 de fevereiro de 1812, em Portsmouth, Hampshire, Inglaterra.

Filho de Elizabeth Barrow e de John Dickens , um funcionário da Marinha. Charles tinha uma irmã mais velha, Frances, conhecida como Fanny, e irmãos mais novos Alfred Allen, Letícia Maria, Harriet, Frederico Guilherme conhecido como Fred, Lamert Alfred, e Augusto Newnham.

Era um leitor voraz de autores como Henry Fielding, Daniel Defoe, e Oliver Goldsmith. Aos doze anos a vida de Dickens mudou drasticamente, o pai foi preso por dívidas e a família foi com ele. Contudo, Dickens foi trabalhar para a fábrica Warren Blacking, de sapatos para ajudar no sustento da família, colando etiquetas nas caixas. Foi assim introduzido num mundo completamente diferente, que veio a influenciar futuras personagens como Oliver Twist, David Copperfield, e Pirrip Philip, baseados nas suas próprias experiências.

Após a saída do pai da prisão, a mãe pediu para que continuasse a trabalhar, contudo o pai inscreveu-o no Wellington House Academy, em Londres, como um aluno dia a partir de 1824-1827, tentou salvá-lo de uma vida de trabalho na fábrica e colocando-o no caminho para se tornar um escritor.

O primeiro foi publicado em 1836, um ano frutífero para ele. Ele se casou com Catherine Hogarth, filha do editor da Crónica da Noite em 2 de abril de 1836, no St. Luke's, em Chelsea. O casal teve dez filhos: Charles Culliford Boz, Mary (Mamie), Kate Macready, Walter Landor, Francis (Frank) Jeffrey, Alfred Tennyson, Sydney Smith, de Henry Fielding, Dora Annie, Edward Bulwer Lytton. No ano de 1836 começou um período bastante bom para Dickens, os romances foram publicados em revistas, o Oliver Twist entre 1837 e 1839, seguido por Nicholas Nickleby (1838-1839), The Old Curiosity Shop (1840-1841) e Barnaby Rudge (1841), Um Conto de Natal (1843), The Chimes (1844), O Grilo na Lareira (1845), A Batalha da Vida (1846), e The Haunted Man (1848). Dickens tinha encontrado um público que esperava ansiosamente pelas suas publicações.

Charles Dickens morreu de uma hemorragia cerebral a 9 de junho de 1870, na sua casa, Gad's Hill.

Está enterrado na ala dos poetas na Abadia de Westminster, em Londres, no seu túmulo pode ler-se "Ele era um simpatizante dos pobres, dos sofredores e oprimidos, e por sua morte, um dos maiores escritores da Inglaterra é perdido para o mundo."

Na Biblioteca:

Oliver Twist


Um Conto de Natal

David Copperfield

A Loja de Antiguidades

Nicholas Nickleby

Tempos difíceis


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Autor em Destaque: Yukio Mishima

Kimitake Hiraoka nasceu a 14 de Janeiro de 1925, em Tóquio, Japão.

 
Filho de um funcionário público, foi educado pela avó paterna, ligada à Era Tokugawa. Teve uma infância isolada, pois a sua avó raramente o deixava sair da sua vista.

Com a Segunda Guerra Mundial, foi declaro inapto para o serviço militar e destacado como funcionário fabril, pelas autoridades. Este acontecimento foi marcante para a sua vida, pois viu-o como não podendo dar a vida pela pátria caso fosse necessário.

Mudou o nome para Yukio Mishima, ocultando as suas aspirações ao pai, um inimigo da literatura. Publicou a sua primeira obra em 1944, com o título de Hanasakari No Mori.

Com a derrota do Japão em 1945, Mishima frequentou o curso de Direito na Universidade de Tóquio, trabalhou como funcionário público até se dedicar exclusivamente à escrita.

Em 1949 publicou o seu primeiro romance de sucesso, Kamen No Kokuhaku, de carácter autobiográfico, lidava com a descoberta da homossexualidade do autor. Obcecado com a sua forma física, começou a praticar culturismo e artes marciais, tornando-se mestre de Karate e Kendo. Procurou assumir-se nos protagonistas das suas obras, chegando a posar para retratos fotográficos como um marinheiro afogado por um naufrágio, como em Gogo No Eiko (1963), ou um samurai matando-se pelo harakiri , o suicídio ritual japonês, como na obra Hagakure Nyumon (1967).

Em 1954 publicou Shiosai, um dos seus trabalhos mais conhecidos. Foi adaptado para o cinema por diversas vezes.

Embora tivesse adoptado o vestuário do mundo ocidental, Mishima era grande admirador das glórias do Japão imperial. Em 1968 conseguiu agrupar um pequeno exército de cerca de uma centena de jovens, dispostos a morrer pela restauração do Bushido , o código de honra dos guerreiros samurai. Liderou a sua milícia na tomada do quartel-general do exército japonês em Tóquio, mas perante o fracasso preferiu tirar a sua própria vida com uma espada, através do ritual japonês, o seppuku.

Morreu a 25 de Novembro de 1970, gritando “Viva o Imperador”.



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na Biblioteca
Confissões de uma Máscara

Cavalos em Fuga

O Templo da Aurora

Sede de Amar

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Autor em Destaque mês de Dezembro: Florbela Espanca

Flor Bela de Alma da Conceição Espanca nasceu a 8 de Dezembro de 1894, em Vila Viçosa. Tendo sido comemorado ontem o seu 116º aniversário.

Filha de Antónia da Conceição Lobo e de João Maria Espanca. Foi criada com a esposa de seu pai, apesar de ter sido registada com pai incógnito, condição que só veio a mudar dezoito anos após a sua morte, quando seu pai a registou finalmente como sua filha.

Frequentou o ensino primário em Vila Viçosa, altura em que começou a assinar os seus textos como Flor d’Alma da Conceição. As suas primeiras composições poéticas datam de 1903/4, com o poema A Vida e a Morte; em 1907 escreveu o primeiro conto Mamã, falecendo a sua mãe no ano seguinte.

Foi das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o ensino secundário, tendo entrado em 1912 no Liceu Masculino André de Gouveia, em Évora.

Com a Implantação da República, em 1910, a família Espanca muda-se para Lisboa, interrompendo os seus estudos.

Casa com o seu colega de escola, Alberto de Jesus Silva Moutinho, em 1913,indo viver para o Redondo.

Em 1916 inicia o projecto Trocando Olhares, uma colectânea de oitenta e cinco poemas e três contos, que serviram mais tarde como ponto de partida para futuras publicações. Nesse mesmo ano começa a colaborar como jornalista na Modas & Bordados (suplemento do jornal O Século de Lisboa), no Notícias de Évora e na A Voz Pública, também de Évora.

Em 1919 publica a sua primeira obra: Livro de Mágoas. Em 1930 começa a escrever Diário do Último Ano, que só vem a ser publicado em 1980.

Tentou o suicídio por diversas vezes, tendo conseguido concretizar em Dezembro de 1930, no dia do seu 36º aniversário, em Matosinhos.


Na Biblioteca:

Contos Completos



Sonetos


Sessenta Sonetos de Amor


Imagens do Eu na Poesia de Florbela Espanca

















quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Autor em Destaque - mês de Outubro

Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde nasceu a 16 de Outubro de 1854, em Dublin, Irlanda.
Filho de William Robert Wilde e de Jane Francesca Elgee, foi criado no seio de uma família protestante.

Estudou na Portora Royal School de Enniskillen e no Trinity College Dublin onde é excelente aluno; ganhou uma bolsa de estudos para Magdalene College em Oxford. Foi aí que ganhou o seu primeiro prémio, Newdigate, com o poema Ravenna.
Em 1879 vai viver para Londres, onde começa a ter uma vida social bastante agitada. Em 1881 os seus poemas são publicados. Foi convidado a dar algumas palestras nos E.U.A sobre o movimento estético criado por ele: Dandismo. Defendia a partir de fundamentos históricos o Belo como antídoto dos horrores da sociedade industrial.
Em 1883 vai viver para Paris, onde entra no mundo literário local, abandonado o seu movimento estético. Regressa a Inglaterra onde casa, em 1884 com Constance Lloyd, de quem tem dois filhos, Cyril e Vyvyan.

Em 1890 é publicado o seu primeiro e único romance Retrato de Dorian Gray, antes tinha escrito duas colecções de histórias infantis. Em 1892 é levado a cena uma peça escrita por ele, foi um grande sucesso, outras se seguiram.
Em 1895 é acusado de comportamento indecente, devido a uma caso de homossexualidade, sendo condenado a dois anos de prisão com trabalhos forçados. Quando foi libertado vai viver para Paris passando a usar o pseudónimo Sebastian Melmoth. O escritor morava agora num lugar humilde, a condizer com as suas roupas, também muito mais simples da excentricidade de outrora.
Morre em Paris, a 30 de Novembro de 1900.

Na Biblioteca

O retrato de Dorian Gray
De Profundis
Teatro

O Declínio da Mentira

O Aniversário da Infanta

O Fantasma dos Canterville

O Jovem Rei

O Gigante Egoísta






quarta-feira, 28 de julho de 2010

Autor em Destaque do mês de Agosto - René Goscinny

René Goscinny nasceu a 14 de Agosto de 1926, em Paris, França. Filho de Stanislas Goscinny, da Polónia, e de Anna, da Ucrânia.



Aos dois anos de idade foi viver para a Argentina; aí frequentou o Liceu Francês de Buenos Aires, onde foi distinguido como bom aluno. A sua vida tem um revés com a morte de seu pai, em 1942, altura em que se preparava para entrar em Belas-Artes. Parte com sua mãe para os EUA. Em 1948 inicia-se como assistente num pequeno estúdio de desenho. Em 1950 conhece Joseph Gillain (Jilé) e Maurice de Bévere (Morris). Com Morris assegura os textos de Lucky Luke, série criada em 1949. Com os seus colegas desse estúdio, funda a revista Mad, em 1952. Regressa à Europa, desiste dos seus desenhos e aposta nos textos, iniciando a criação de “Astérix”, em 1959. A personagem “O Pequeno Nicolau” surge em 1955, com ilustrações de Jean-Jacques Sempé; no ano seguinte inicia a sua colaboração com a revista Tintin, aparecendo Spaghetti, com Dino Attanasio; Modeste e Pompon, com André Franquin e o índio Oumpah-Pah, que em Portugal ficou conhecido como Humpá-Pá, com Albert Uderzo.



Em 1959, Goscinny, Uderzo e Charlier criam a revista Pilote, que veio a marcar a BD europeia. O número inaugural surge Astérix, a mais célebre criação da dupla Goscinny e Uderzo, que veio a tornar-se num verdadeiro fenómeno de popularidade até aos nossos dias. A personagem retrata um momento da história de França, a resistência à invasão romana, com hilariantes textos de Goscinny e ilustrações de Uderzo.



Faleceu em Paris, a 5 de Novembro de 1977. Em sua memória foi instituído o Prémio René Goscinny, que premeia jovens argumentistas de BD, cuja entrega acontece anualmente no Festival de Angoulême.



Na Biblioteca:

Astérix e os Normandos
Astérix o Gaulês
Astérix e Cleópatra
Astérix e os Godos
O combate dos Chefes
Astérix entre os Belgas
Astérix Legionário
O Adivinho
Astérix na Hispânia
Obélix e Companhia
Astérix o pesadelo de Obélix
Astérix entre os Helvéticos
A Zaragata
Astérix e os Bretões
A Volta à Gália
O aniversário de Astérix e Obélix
Lucky Luke
A Herança de Rantanplan
Calamity Jane
Dalton City
Western Circus
7 Histórias de Lucky Luke
A Escolta
A cura dos Dalton

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Morreu João Aguiar

João Aguiar morreu ontem, dia 3 de Junho, aos 66 anos,vítima de cancro.


O texto que se segue foi retirado do Autor em Destaque do mês de Outubro de 2009.

Nasceu em Lisboa a 28 de Outubro 1943.



Licenciado em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas, profissão que abraça há mais de 40 anos, mas vive hoje em dia da escrita. Os seus romances históricos têm grande aceitação do público, tem mostrado que é possível escrever sobre História como se de um romance se tratasse.


Larga experiência em escrever para crianças, escreveu durante anos para a “Rua Sésamo”.


Tornou-se escritor há mais de 20 anos, afirma que "até agora tenho conseguido não ser um escritor comercial, recuso-me a fazer uma escrita comercial."


Escreveu para o "Bando dos Quatro", onde há um adulto, o Tio João, uma caricatura de mim próprio, que está sempre a fumar cachimbo - hoje já não fuma.


A sua actividade jornalística resume-se à publicação de uma crónica mensal na revista "Super Interessante" e outra na revista "Tempo Livre".


O seu primeiro romance e primeiro grande êxito, foi "A Voz dos Deuses" (1984) um dos maiores sucessos literários em Portugal, nos últimos anos, que já leva 20 edições. Foi a nossa sugestão de leitura do mês de Maio.

Continuou no romance com sabor histórico, fez incursões ao fantástico e ao Oriente, com "O Dragão de Fumo" e "A Catedral Verde". Para televisão fez o guião e os diálogos de "A Marquesa de Vila Rica" e "Os Melhores Anos". Para cinema fez os diálogos e é co-autor do guião de "Inês de Portugal".


segunda-feira, 31 de maio de 2010

Autor em Destaque - Marguerite Yourcenar


Marguerite Antoinette Jeanne Marie Gislane Cleenewerck de Crayencour nasceu a 8 de Junho de 1903, em Bruxelas, Bélgica.
 
Sua mãe, Fernande de Cartier de Marchienne, morre dias depois do seu nascimento, tendo sido criada pelo pai, Mechel de Crayencour, de nacionalidade francesa, o qual teve grande influência na sua educação. Aos 8 anos de idade já lia Aristófanes, aos 10 anos aprendeu latim com seu pai e aos 12 grego.

Em 1914 segue para Paris com seu pai, seguindo-se várias viagens sobretudo pela Grécia e Itália.
 
Começou a escrever ainda na adolescência e continua a fazê-lo depois da morte de seu pai, que a deixa financeiramente bem. Com a Segunda Guerra Mundial vai para os Estados Unidos, onde chega a trabalhar como professora de literatura francesa. Naturaliza-se em 1947. Nessa altura surge o Yourcenar, o anagrama do seu nome Crayencour.
 
A sua obra prima, Memórias de Adriano, de 1951, um romance histórico sobre memórias fictícias do imperador romano Adriano, do século II.

Em 1981 torna-se na primeira mulher membro da Academia Francesa, após a dupla nacionalidade dada em 1979. Em 1987 recebeu o Grande Prémio Escritor Europeu do Ano.
 
Marguerite Yourcenar foi uma das maiores escritoras contemporâneas.

Morre a 17 de Dezembro de 1987, em Maine, Harbor, nos EUA.







terça-feira, 27 de abril de 2010

Hergé

Hergé - Autor em destaque do mês de Maio


Georges Prosper Remi ficou conhecido para a posteridade como Hergé.
Nasceu a 22 de Maio de 1907 em Etterbeek, na Bélgica, filho de Alexis Remi e de Elisabeth Dufour.



A escola primária coincidiu com a Primeira Guerra Mundial, altura em que a Bélgica foi ocupada pela Alemanha. Estudou no colégio católico Saint-Boniface, onde teve aulas de desenho, mais tarde juntou-se aos Escuteiros.



O primeiro desenho a ser publicado foi na revista dos escuteiros, em 1922, e em 1924 começou a assinar os seus desenhos como Hergé.



Ficou mundialmente conhecido pela criação da personagem de banda desenhada Tintim.



Tintim “nasceu” a 10 de Janeiro de 1929, acompanhado pelo seu fiel cão Milu, altura da primeira edição Les Aventures de Tintin, no suplemento infantil do jornal Le Vingtiéme Siécle, onde trabalhava. As suas aventuras foram sendo conhecidas entre 1929 e 1983.



A personagem de Tintim tem como base os ideais escuteiros e pensa-se ter sido inspirada no seu irmão Paul, oficial do exército belga; Tintim é um jovem católico repórter que luta pelo bem em todo o mundo.



A banda desenhada de Tintim deu continuidade a uma inovação na forma de desenhar da altura, as falas aparecem dentro de balões.



Hergé também criou outras personagens: Jo, Zette, Jocko, Quick e Flupke.



Entre os planetas Marte e Júpiter, há o pequeno planeta Hergé, nome dado pela Sociedade Belga de Astronomia, na comemoração do seu 65º aniversário.



Morre a 3 de Março de 1983, em Woluwe-Saint-Lambert, Bélgica, aos 75 anos.


Na Biblioteca:

As Aventuras de Tintim:
Tintim e os Ícaros
A Estrela Misteriosa
O Ceptro de Ottokar
O Tesouro de Rackham o Terrível
Tintim e o Lago dos Tubarões
Voo 714 para Sidney
As Jóias de Castafiore
Carvão no porão
A Ilha Negra
Os Charutos do Faraó
O Caso Girassol
Explorando a Lua
O Caranguejo das Tenazes de Ouro
O Templo do Sol
Tintim no Congo
Tintim na América
A Orelha Quebrada

As Aventuras e Desventuras de Quim e Filipe Nº 1, 3, 4, 5, 6

quinta-feira, 25 de março de 2010

William Shakespeare - Autor em Destaque do mês de Abril

William Shakespeare foi baptizado a 26 de Abril de 1564 em Strandford-upon-Avon, Warwickshire, Inglaterra, desconhecendo-se a data do seu nascimento, sendo a mais provável a 23 de Abril, pois era hábito baptizarem os filhos três dias depois do nascimento.
Filho de John Shakespeare, luveiro e depois comerciante de lãs e de Mary Arden, foi o terceiro de oito irmãos.
Terá casado aos 18 anos com Anne Hathaway, tendo três filhos: Susanna e os gémeos Hamlet e Judith.
Conhecem-se 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos entre outros.
Da sua longa obra, destaca-se Romeu e Julieta e Hamlet, de onde ficou célebre a frase: To be or not to be, that’s the question (Ser ou não ser, eis a questão).

Conhecido como o maior escritor inglês, foi dramaturgo e poeta, estando mais activo entre 1590 e 1613.

Morre a 23 de Abril de 1616, na mesma localidade onde nasceu.





Na Biblioteca:



Hamlet
Mercador de Veneza

Comédias

Sonho de Uma Noite de Verão

Romeu e Julieta
Os Sonetos de Shakespeare

(Vasco Graça Moura)

A Sedução dos Sentidos

(Maria Helena Serôdio)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Autor em Destaque do mês de Março

ILSE LOSA

Ilse Lieblich Losa, nasceu a 20 de Março de 1913, em Bauer, Hanôver, Alemanha. De origem judaica, passou parte da sua infância com os avós paternos.



Parte para Londres em 1930, numa tentativa de fuga à Gestapo devido à sua ascendência judaica, seguindo em 1934 para Portugal, radicando-se no Porto. Casa com o arquitecto Arménio Losa e adquire a nacionalidade portuguesa.



Em 1943 publica o seu primeiro livro O Mundo em que Vivi, seguindo-se mais quinze livros, a sua obra inclui romances, contos, crónicas, trabalhos pedagógicos e literatura infanto-juvenil.



Em 1984, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu-lhe o Grande Prémio de Livros para Crianças.



Morre no Porto a 6 de Janeiro de 2006, aos 93 anos de idade.




Na Biblioteca:

O Barco Afundado
Caminhos Sem Destino

Encontro no Outono

Rio Sem Ponte

O Rei Rique e Outras Histórias

A Visita ao Padrinho

O Senhor Pechincha


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Rosa Lobato de Faria

Rosa Lobato de Faria ou Rosa Maria de Benttencourt Rodrigues Lobato de Faria, faleceu ontem, dia 2 de Fevereiro, devido a uma grave anemia, num hospital privado de Lisboa, aos 77 anos de idade.

Nasceu a 22 de Abril de 1932 em Lisboa, filha de um ofical da Marinha.
A veia de escritora começou tarde nos anos 80, mas só com 63 anos de idade, publicou o seu primeiro romance O Pranto de Lúcifer, em 1995,  do qual existe um exemplar na Biblioteca.

Além de romancista, foi poetiza, letrista e actriz.

Em 2008 publicou aquele que viria a ser o seu último romance, As Esquinas do Tempo, um dos sucessos do ano de 2009 da nossa Biblioteca.


As Esquinas do Tempo

 
 


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Autor em Destaque do mês de Fevereiro

O mês de Fevereiro será dedicado aos Irmãos Grimm.

Jacob e Wilhelm Grimm nasceram em Hanau, na Alemanha, Jacob nasceu a 4 de Janeiro de 1785 e Wilhelm a 24 de Fevereiro de 1786.
Estudaram Direito, mas abandonaram para se dedicarem à Literatura. Em 1830 foram leccionar para uma universidade na Alemanha. Eram grandes estudiosos da língua alemã, historiadores, filólogos e grandes narradores de histórias.
Os contos eram de tradição oral, por isso, os irmãos Grimm decidiram preservá-los, pesquisaram e recolheram contos entre a população e foram escrevendo.
Os primeiros contos foram publicados em 1812, chamava-se Histórias das Crianças e do Lar, incluía 51 contos.
O trabalho dos irmãos Grimm incentivou outros a pesquisaram entre as populações por lendas e fábulas.
As suas histórias têm sempre um final feliz, as pessoas bondosas são sempre recompensadas e as más são castigadas.
Muitas das suas histórias com o tempo tiveram outras versões, por exemplo a história da Gata Borralheira têm mais de 300 versões em todo o mundo.

Wilhelm Grimm morreu a 16 de Dezembro de 1859 e Jacob Grimm morreu a 20 de Setembro de 1863.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Autor em Destaque do mês de Janeiro - Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe nasceu a 19 de Janeiro de 1809, em Boston, EUA.



Filho de um casal de actores, ficou órfão cedo; seus pais morreram de tuberculose quando tinha 2 anos de idade. Poe foi acolhido por John Allan, um mercador abastado de quem herdou o nome do meio; com ele viveu uma infância feliz, como filho único de uma família abastada. Foi bem sucedido na escola, especialmente em línguas e no desporto; em 1826 foi estudar para a Universidade da Virgínia, onde levou uma vida boémia, dedicando o seu tempo ao vinho, às mulheres e ao jogo. Esta conduta provocou uma enorme discussão com o seu padrasto e Poe acabou por fugir para se alistar no exército. Alguns anos mais tarde a senhora Allan suplicou ao marido que encontrasse Poe e fizesse as pazes. Apesar de tudo os dois homens nunca conseguiram normalizar o seu relacionamento. Quando a sua mulher morreu, John Allan voltou a casar e a sua nova mulher detestava Poe que assim, em 1831, encontrou-se de novo sem família e na bancarrota.


Por esta altura Poe estava a escrever poesia, com pouco sucesso. Casou-se com uma prima de 14 anos e o casal deambulou de lugar em lugar, publicando ocasionalmente uma obra. O casal era extremamente pobre, passando frio e fome. A sua mulher estava doente e Poe praticamente alcoólico. Quando a mulher morreu, Poe começou a cortejar viúvas abastadas e a sua escrita foi-se tornando cada vez mais torturada. Morreu sozinho, em agonia e na pobreza, com apenas quarenta anos, em 1849, em Baltimore.


Considerado como o mestre da literatura fantástica, segundo Fernando Pessoa “das figuras literárias mais notáveis da América Inglesa”.


Um dos mais notáveis representantes da literatura gótica e de terror, um dos pioneiros da ficção científica, pai da moderna literatura policial e arquitecto do conto moderno.


Na Biblioteca:



O Corvo e Outros Poemas
As Aventuras do Gordo Pym

Histórias Extraordinárias

O Mistério de Maria Roget

A Queda da Casa de Usher e Outras

A Descida no Maelstrom

Manuscrito Encontrado numa Garrafa

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mês de Novembro - mês de Sophia

O passado mês de Novembro foi dedicado à escritora Sophia de Mello Breyner Andresen, com a comemoração do seu 90º aniversário.



Além dos nossos leitores, vieram quatro turmas do Agrupamento de Escolas de Sardoal assistir à leitura de histórias escritas por Sophia. Duas turmas do 1º Ciclo de Sardoal, a E e a F, e duas turmas do Pré-escolar vindas da Presa e dos Panascos, ambas localidades de Alcaravela, do concelho de Sardoal. Os primeiros que vieram foi a turma E, no dia 6 de Novembro, no dia em que se comemorava o seu 90º aniversário; ouviram O Rapaz de Bronze; para os mais pequenos e para a turma F foi A Menina do Mar. Para tornar mais aliciante, realizámos um pequeno cenário.

Cada criança levou um pequeno folheto biográfico, com o seguinte:


Chamo-me Sophia de Mello Breyner Andresen nasci no Porto, a 6 de Novembro de 1919 e faria 90 anos se fosse viva. O meu avô era dinamarquês, por isso tinha apelidos estrangeiros. Cresci numa família rica, tive uma boa educação católica; vivia numa grande quinta, que hoje é o Jardim Botânico do Porto, imaginem; daí a minha grande ligação com a natureza. Gostava dos Natais, eram diferentes, seguíamos tradições nórdicas. As minhas férias de verão eram passadas na praia da Granja, por isso algumas das minhas histórias falam do mar.
Aos dez anos de idade fui para Lisboa, aí estudei e quando chegou a altura de escolher um curso na Universidade, escolhi Filologia Clássica, na Universidade de Lisboa, para saber ainda mais como era a Grécia antiga. Não o acabei. Entretanto casei com o jornalista Francisco de Sousa Tavares; tive cinco filhos, um dos quais vocês conhecem, é o Miguel de Sousa Tavares...
Comecei a escrever aos 12 anos de idade, mas só publiquei o meu primeiro livro com 24 e fui eu que o paguei, chama-se “Poesia”, e foi em 1944. Era em poesia como se pode imaginar. O meu primeiro livro em prosa foi “O Rapaz de Bronze”, em 1956. Mas aquelas que vocês mais gostam, comecei a publicá-las em 1958, “A Fada Oriana” e “A Menina do Mar”.
Escrevi muitos livros, contos, poemas, algumas peças de teatro…tanta coisa….e algumas foram traduzidas noutras línguas para que as pessoas de outros países pudessem ler também.
Fui a primeira mulher a receber o Prémio Camões. O último que recebi foi em 2003, já vocês eram nascidos, foi o Prémio Rainha Sofia, a Rainha de Espanha. Mas ao longo da minha vida recebi muitos outros.



No dia 2 de Julho de 2004 deixei este mundo. Mas os meus livros ficaram.