quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Profissões antigas VI - Lojas antigas

Lojas de antigamente

No dia 20 de Janeiro tivemos a visita do Sr. Arnaldo Cardoso, da loja Cardoso & Falcão, uma das poucas lojas ainda resistentes aos avanços da modernidade, já conta com 60 anos de existência.
Mostrou à turma C do 1º Ciclo de Sardoal acompanhados pela professora Margarida, como eram os utensílios de uma loja, trouxe uma balança antiga, ainda daquelas que funcionam a pesos; trouxe também os pesos e explicou que para nós sabermos quanto pesava um pacote de açúcar, tinham de ser colocados no prato oposto pesos até a balança ficar equilibrada. Esses pesos eram anualmente verificados pelo aferidor, eram de forma cilíndrica e hexagonal.
Muito antes dos sacos de plástico as embalagens eram feitas com folhas de papel enroladas em forma de cone. Serviam para quase tudo, açúcar, café, arroz, cereais; depois havia vários tipos de papel consoante o material a ser embalado; por exemplo a manteiga e o queijo era embalado em papel pardo envolto em papel manteiga. Sim, porque os produtos vinham todos em grandes quantidades e só na loja eram divididos em doses consoante a vontade do freguês, eram vendidos a avulso.
As medidas eram feitas de folha de flandres, algumas chegaram a ser feitas aqui no Sardoal; umas para o azeite, outras para cereais.
Trouxe uma antiga faca de cortar o bacalhau, cujo cabo era feito de chifre de boi. Também do mesmo material eram os pentes da altura.
E os tecidos? Vendidos a metro, cortados com tesouras de ponta redonda, que os caixeiros traziam no bolso da bata, do tapa-pó como se chamava, assim não se magoavam. E para medir os tecidos? Pois claro, trouxe um metro de madeira e outro mais moderno de acrílico. Também mostrou outros que se encaixavam de forma a ficaram pequenos, fitas métricas e uma mais pequena para medir o tamanho do pé, do outro lado mostrava o número do calçado correspondente. As crianças acharam muita piada esta fita.
Para exporem as coisas aos clientes tinham mostruários bem engraçados para os lenços, gravatas e para luvas e meias.
Esta loja vendia de tudo, mesmo vidro vindo da Marinha Grande, artigos de cerâmica do Alentejo, recebia um pouco de todo o país.
Agora continua a ser uma loja tradicional, uma espécie de mini centro comercial, onde encontramos de tudo, noutros tempos eram muito mais procurado, pois a oferta era muito menor e estas lojas vendiam um pouco de tudo.






terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Profissões antigas V - Artesão

No dia 8 de Junho foi a vez do Pré-escolar e 1º Ciclo de Panascos, de Alcaravela. Vieram conhecer a profissão de artesão.
Convidámos o Sr. Álvaro Lamarosa, do Sardoal, artesão que faz cadeiras e bancos de madeira, com tampos em corda e nylon.
O senhor começou por contar um pouco da sua história, de como foi também mestre da música noutros tempos e que só começou a actividade de artesão quando chegou a altura de se reformar.
Explicou como se faz uma cadeira e como é entrelaçado a corda de maneira a ficar perfeita e bonita. Um tampo de uma cadeira demora 2h a fazer!
Depois das explicações, chegou a vez das crianças experimentarem, foi uma animação, uns conseguiram logo à primeira, outros levaram mais um bocadinho. Não é muito simples de fazer.








 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sr. Álvaro na demonstração.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As crianças atentas à explicação.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplificação num banco.
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma das crianças e fazer a malha do banco.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meninas a porem em prática aquilo que viram.
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Actividades Agrupamento de Escolas de Sardoal I

Actividades com o Agrupamento de Escolas de Sardoal

No passado dia 15 de Janeiro tivemos a participação na actividade Conta-me um Conto, os 16 alunos da turma B do 1º Ciclo de Sardoal, acompanhados pela professora Isabel Cunha.
Esta actividade dá especial atenção a Contos e nada melhor de começar no mês de Perrault.

Charles Perrault nasceu a 12 de Janeiro de 1628 e morreu a 16 de Maio de 1703, em Paris. Foi o criador de um novo género de escrita: O Conto de Fadas. Até então, não havia escrita sobre fantasia, mundos imaginários e belos, onde tudo é perfeito e tem um final feliz, do género "E viveram felizes para sempre!".

Assim, foi lida uma versão adaptada da história do Gatos das Botas, adaptação para português de Maria Alberta Menéres, livro com ilustrações de Agustí Asensio e tradução de Ana Paula Cruz, da Editora Edinter.


Esta versão narra a história de um moleiro que ao falecer, deixa o moinho para o filho mais velho, um burro para o do meio, mas para o mais novo deixa um gato. Claro que o filho mais novo fica desiludido, pois o que faria ele com um gato?! Certo é que se "torna" Marquês...o melhor é ler a história...

Depois da leitura e de uma breve conversa, a professora disponibilizou-se em deixar os meninos que não vivem no Sardoal e não têm possibilidade de vir até à Biblioteca, de requisitarem livros, que ela própria os trará. Cinco crianças aceitaram de imediato esta oportunidade.
Para estes casos a Biblioteca criou uma cartão de leitor para o Agrupamento de escolas, assim facilita a requisição.




Livro projectado.
Crianças e professora.



A turma a ouvir a leitura e a ver as imagens da história.


A atenção das crianças.

Profissões antigas IV - Correios


Correios de antigamente


No dia 3 de Dezembro foi a vez do Sr. Miguel Afonso, natural de Valhascos, e para quem não o conhece, foi o antigo Chefe da Estação dos Correios de Sardoal. Veio explicar como era antigamente os Correios, ou os CTT (Correios, Telégrafos e Telefones).
O Sr. Miguel Afonso começou por explicar às crianças do 1º Ciclo de Sardoal onde tinha iniciado a sua profissão, em Lisboa, onde muitas das vezes começava a trabalhar às 5h da manhã! Não havia distinção dos dias da semana, pois todos eles eram dias de trabalho, nem o dia de Natal ou o do Ano Novo!
O correio vinha para a província num vagão de comboio; por cá era distribuído de forma diferente da actual, para Montalegre vinha um senhor de burro, que depois levava o correio e distribuía-o. O burrito ficava preso a uma árvore perto da estação dos Correios, mas um dia o burro fugiu e só muito tempo depois foi encontrado, perto da actual Clínica de Sardoal, na entrada.
Quando chovia era outro desastre, pois as malas eram de cartão e ficava tudo ensopado.
E como era a nossa vida antes do telemóvel?! Pois, bem diferente. Para se fazer um telefonema não era de imediato, este tinha de ser pedido a uma telefonista, que horas mais tarde, lá fazia a chamada. A partir das 22h até as 8h não haviam telefones, só o hospital da Santa Casa da Misericórdia podia telefonar para Abrantes. Havia dias de grande engarrafamento de chamas, como no Natal!



E por falar em Natal, todas as cartas para o Pai Natal têm resposta! Dantes até ofereciam pequenas lembranças.



As cartas para os namorados também seguiam por correio, e algumas meninas para os pais não saberem que recebiam essas cartas, pediam ao Sr. Afonso para as guardar até ao domingo, assim no final da missa iam ao Correio buscá-las; sim, trabalhava-se também ao domingo.



Contou que uma vez uma senhora tentou enviar por correio para o Brasil uma figueira….que não pôde ser enviada. Mas dantes quase tudo seguia por correio, desde enchidos, bolos, queijos, roupa, dinheiro, etc.



Assim, os meninos ficaram a saber como eram os dias de antigamente sem telemóvel, sem fim-de-semana e como seguiam as cartas.






 
 
 
 
 
 
 
O sr. Miguel Afonso à conversa com as crianças.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
As crianças a ouvir as explicações.
 
 


Profissões antigas III - a Padeira

A Padeira

No dia 20 de Abril de 2009 foi convidada a Isabel Lavrador, uma jovem padeira na Cooperativa Artelinho, que felizmente aprendeu a arte de fazer pão.
Neste dia, duas turmas do 1º Ciclo de Sardoal aprenderam o processo de fazer pão, desde a simples farinha, a massa, maneiras de separar, instrumentos utilizados, como preparar o forno a lenha, tempo de cozedura, etc.  A senhora trouxe pães já feitos, os quais foram aquecidos no microondas do bar do Centro Social dos Funcionários da Câmara, para parecer que tinha acabado de sair do forno. Foi um sucesso, pois eram quase horas de almoço e tantos as crianças como as professoras deliciaram-se com pão quantinho com manteiga.





Profissões antigas II - A Costureira

A Costureira

No dia 10 de Março de 2009 foi a vez a costeureira, a "Menina" Antonieta. Esta senhora já fez roupa para várias gerações, desde vestidos de noiva, de baptizado, simples blusas, saias, casacos....uma enorme variedades de feitios. Só não faz calças. Eu própria, fui em pequenina com a minha mãe e já lá fui com a minha filha.
Para as crianças vindas de Panascos, Alcaravela, desta vez entre os 3 e os 9 anos, porque era uma sala da Pré-escolar e outra do 1º Ciclo, foi uma amnhã diferente.
Hoje em dia, a maioria de nós vai a uma loja, experimenta e compra na hora uma peça de roupa, mas nem sempre foi assim. Primeiro era preciso tirar as medidas, escolher o feitio e a menina Antonieta dava-nos a quantidade de tecido a comprar, o fecho, botões e forro, se fosse preciso. Depois, íamos a sua casa experimentar, era a prova; só ao fim de alguns dias ficava pronta.
A menina Antonieta trouxe ferros de engomar antigos, daqueles a carvão. Pois, esquecemo-nos como era a vida antes de haver electricidades, agora é tudo mais simples.
Mostrou-nos algumas fotografias de vestidos de noive e de batizado que fez, alguns com já 60 anos!
Trazia pedaços de tecido para mostrar como se faziam alguns pontos e algumas das meninas experimentaram.



A menina Antonieta a mostrar algumas peças e as crianças dos Panascos.


Algumas peças e objectos.



A caixa de costura e a menina Antonieta a exemplificar alguns ponto no tecido.


O ferro de engomar a carvão e as crianças à volta da costureira.










A menina Antonieta a explicar a uma das crianças.

Profissões antigas

No mês de Março de 2009 a Biblioteca começou com uma actividade direccionada para as escolas sobre as profissões de outros tempo.
É uma forma diferente de aprendizagem por parte das crianças que participam, pois ficam com conhecimentos de outras realidades, formas muito diferentes de viver, retendo uma pequena ideia de como era viver noutros tempos.

Começámos no dia 9 de Março, na altura a actividade designava-se Vamos Ouvir uma História, actualmente por Profissão dos Nossos Avós. Nesse dia tivémos a visita do Sr. Júlio Grácio, antigo técnico de farmácia e da turma do 1º Ciclo de Sardoal, as professoras Sara, Ilda e Ana.

O Sr. Júlio Grácio explicou como era muito mais demorado ir à farmácia, pois os medicamentos não estavam feitos. As pessoas levavam a receita e o farmeceutico tinha de fazer o medicamento desde o início. Tinham prateleiras cheias de substâncias, umas mais químicas, outras mais naturais, que iam misturando. O Sr. Júlio tinha um livrinho onde apontava todas as formúlas, para saber como o medicamento era feito e quais as quantidades.






A atenção da turma.



O Sr. Júlio a explocar como fazer um funil de papel.




Como fazer um comprimido, dentro de hóstias.




Alguns instrumentos: seringas, almofariz, hóstias.




O Sr. Júlio a ler o livro de fórmulas e a turma quando se perguntou: "Alguém tem perguntas?".

Forno Solar

Nas férias do Verão uma das actividades na Semana do Sol foi a construção de um forno solar.
Pode parecer estranho, mas o que é certo, é que funciona mesmo!

Para quem quiser experimentar esta avntura, sim, trata-se de uma aventura; só precisa de duas caixas de papelão, placas de esferovite, papel de alumínio e um vidro. Sim, é mesmo só isto!
As caixas devem ser de tamanhos diferentes e as palcas de esferovite vão ficar a preencher o espaço entre as caixas. Depois desta operação, coloque a folha de papel de alumínio a forrar o interior das caixas e coloque o vidro como tampa. Este dever ser ligeiramente maior que a caixa.
Nós experimentámos com um bolo, num dia de muito calor, 1 de Julho de 2009. Convém ser numa forma preta, para absorver mais calor.
Parecia ser mais simples, contudo revelou-se complicado. A nossa primeira tentativa não correu muito bem, pois o bolo não cozeu a tempo do lanche....e quando a Biblioteca fechou, às 17.30 ainda não estava cozido. Levámos para casa, para acabar de cozer em forno tradicional.
No dia seguinte, logo pela manhã, fizémos outro bolo. Assim, às 10h já estava ao sol! Fomos vendo a evolução e pelas 16h finalmente estava pronto a servir no lanche!




Caixas de tamanhos diferentes.

Placas de esferovite.
Forrar com papel de alumínio.













Forno terminado.



Colocar o bolo no forno.




Equipa quase completa e o bolo no forno.