quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 24 de Fevereiro os utentes do Centro de Dia de Alcaravela vieram ao Espaço Internet.
Escreveram laguns provérbios sobre o Carnaval, mas o Sr. Augusto preferiu escrever um pequeno texto sobre como era o Carnaval nos tempos da sua juventude.
Alguns ainda foram visitar o nosso blogue.
Como sempre, levaram os seus trabalhos impressos, mesmo os que não sabem ler nem escrever, é uma recordação que fica.


Fica aqui o texto do Sr. Augusto e os provérbios dos restantes:

Pelo Carnaval as pessoas vestiam-se os homens de mulheres e as mulheres de homens e vinham para a rua brincar ao Carnaval também as pessoas mais novas brincavam agarravam em objectos vários para aventar as portas das pessoas de mais idade e as pessoas todas se zangavam no outro ano era aonde os moços ião atentar primeiro

Augusto Serras

 
Carnaval na eira, Páscoa à lareira.
É Carnaval, ninguém. Leva a mal.
Não há Entrudo sem lua nova nem Páscoa sem lua cheia.

Joaquim de Oliveira
e
Gregório Matos


Carnaval na eira, Páscoa à lareira.
Namoro de Carnaval, não chega Natal.

Manuel André

 
Carnaval na eira, Páscoa a lareira.

Maria Augusta

Nasceu a 30 de Julho, 82 anos

Casal Pedro da Maia

 
Carnaval na eira, Páscoa à lareira.

 
Maria da Conceição Marques







quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cantinho da Leitura

No dia 23 de Fevereiro tivemos a segunda sessão do Cantinho da Leitura, no Centro de Convívio do Sardoal.

Para começar, uma história divertida, Ainda Nada? de Christian Voltz, da editora Kalandraka.
Conta-nos a aventura do senhor Luís e de uma semente. O Sr. Luís abriu um buraco enorme e colocou lá no fundo uma semente, tapou e esperou que nascesse. Mas passou um dia, dois, três e nada. Durante dois dias não voltou ao sítio, mas entretanto tudo aconteceu, a plantar nasceu, floriu e um pássaro levou a flor. Quando o sr. Luís voltou disse "Ainda nada?".

A segunda leitura foi o Livro com Cheiro a Morango, de Alice Vieira, da Texto Editores. Lemos várias histórias, A senhora Duquesa que Leite; Guerra e paz; Malmequeres e couves-flores, Domingo de manhã, Balbina e Isadora e A Cor dos Morangos.

Conversámos sobre as histórias, sobre as suas vidas, como era antigamente.
Depois lemos um artigo retirado da revista Visão, da semana de 20 a 26 de Janeiro de 2011.
Intitula-se "Faça-se Luz!", fala de várias aldeias na serra se Serpa que vivem ao lado de centrais fotovoltaicas mas não têm electricidade em casa. Um assunto muito debatido no final.




terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Profissão dos Nossos Avós - Artesã - Leques do Sardoal

No dia 22 de Fevereiro foi dia da Turma E do 1º Ciclo de Sardoal assistir à actividade da Profissão dos Nossos Avós. Desta vez tivemos a artesã Célia Belém, para nos ensinar a história dos Leques de Sardoal.
Foi muito interessante e muito gira!

A Célia vinha acompanhada de uma personagem que iria contar a história, o Ti Joaquim, um homem da banda filarmónica, ou seja, um fantoche.
Quando ele era novo conheceu a Tia Rita, uma senhora que vivia nos Andreus. Essa senhora gostava de ir para o campo apanhar ervas e secá-las. Sim, porque naquela altura aproveitavam tudo para usar, nada era deitado fora. Por isso, a D. Rita foi falar com uma costureira para que esta lhe desse os restos de tecidos. E tudo para quê? Para fazer leques.
Os leques eram feitos com palhinhas, tecidos para enfeitar e linhas....só isto. Até dava para lavar, assim ficava mais forte. Não dá mais ventos, como uma das crianças disse.
Era uma forma de ficar mais fresco no verão.

Os leques são o artesanato mais característico do nosso concelho, com mais de 100 anos. Graças à Célia, a nossa tradição não ficou esquecida, porque uma pessoa nova reavivou os leques de palha. Já a alguns anos, mais de vinte, que os leques tinham ficado "esquecidos", mas agora a Célia consegue levar a todo o país a nossa tradição.

Depois, fizeram uma vassoura.
Muito simples, basta ter um pau pequeno, um bocadinho de ráfia curto e um fio de ráfia. O pau é colocado no meio da ráfia, depois dão-se voltas com o fio e ata-se. E a vassorinha está pronta.

No final, todos sairam muito satisfeitos, com as vassouras e a saber na ponta da língua a história dos leques.

O nosso muito obrigado Célia!