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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Centro de Dia de Alcaravela- Cantinho dos Avós

No dia 4 de janeiro fizemos mais uma sessão do Cantinhos dos Avós no Centro de Dia de Alcaravela.

Como ainda lembra o Natal e os Reis estão quase a chegar, li a história O Cavalinho de Pau do Menino Jesus, de Manuel António Pina. Nesta história o Pai Natal queria ir visitar o Menino Jesus, mas esqueceu-se que tinha nascido muito antes desta era e acabou por encher o trenó com computadores e jogos, tudo do melhor. Mas a Mãe Natal lembrou-o que talvez um simples cavalinho de pau seria muito mais apropriado, e assim foi.

Sendo a maioria idosos, seguiu-se a história Vamos visitar o Avô, de Hiawyn Oram. O Ursino e a Ursina vão de comboio visitar o Avô, mas a viagem é muito longa. A Ursina consegue encontrar formas de a tornar mais curta.

Por fim foi lida O Espantalho Solitário, de Tim Preston, que nos fala de um Espantalho que metia medo aos animais que viviam por perto, mas ele queria amigos...Até que quando chegou o inverno, caiu neve e o Espantalho passou de um espantalho medonho para um simpático boneco de neve. Quando a neve derreteu os animais descobriram que o simpático boneco de neve era o espantalho e ficaram junto dele. Assim já tinha todos os animais amigos e não estava solitário.

Ainda conversámos sobre as janeiras e cantar os reis, disseram-me que já andavam a cantar as janeiras por Alcaravela.
Lembrei-me da minha avó dizer que em dia de reis devia-se comer romãs, para que tivessemos dinheiro todo o ano, e alguns dos utentes confirmaram, também eles ainda fazem isso no dia de reis.







terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Centro de Dia de Alcaravela no Espaço Internet

No dia 3 de janeiro os utentes do Centro de Dia de Alcaravela vieram ao Espaço Internet a mais uma actividade.

Tivemos uma estreia, o sr. José Silva Tavares, de 96 anos, que nunca tinha estado em contacto directo com um computador! Disse que já tinha ouvido falar, mas nunca pensou em algum dia manusear um. E foi mesmo isso que aconteceu! O texto abaixo foi pelo sr. José, com algumas ajudas claro, íamos dizendo onde estavam as teclas, onde era o espaço e para mudar de linha.

No final cada um levou o seu trabalho.










quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 21 fomos a mais uma sessão ao Centro de Dia de Alcaravela.
Terminámos de ler a história Sonhos de Natal de António Mota. Como previsto, gostaram muito da história.
Depois foi a história Uma prenda de Natal, de M. Christina Butler.  Mas também lemos, como não podia deixar de ser, o artigo que saiu no boletim O Sardoal.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"Memórias de Natal" - Centro de Dia de Alcaravela

Finalmente podemos divulgar aquilo que fomos fazer numa das nossas visitas ao Centro de Dia de Alcaravela, quando recolhemos testemunhos de como era o Natal noutros tempos.

Como já saiu O Sardoal, chegou ontem fresquinho da gráfica, onde pudemos ver o resultado final, pois além do testemunhos também houve uma sessão fotográfica para ilustrar o artigo.


Por alguns instantes, alguns esqueceram os andarilhos e as canadianas, e apresentaram-se no seu melhor, tal como a imagem ilustra. Cada um tinha como tarefa escolher um objecto relacionado com o Natal e mostrar o seu melhor sorriso.

Todos tiveram direito ao seu momento, por isso, todos saíram, mesmo aqueles que não deram o seu testemunho.

Quem quiser ler o artigo na íntegra, pode clicar no link abaixo:


Aqui ficam as imagens:




quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 7 de Dezembro os utentes do Centro de Dia de Alcaravela vieram ao Espaço Internet para escreverem cartas ao Menino Jesus.

O Natal para os utentes só tem sentido com a imagem do Menino Jesus. Antigamente não havia o Pai Natal (o que nós conhecemos é uma criação da marca Coca-Cola, que queria fazer uma edição especial no Natal dos anos 30 do século XX), quem dava os presentes era o Menino Jesus, logo as cartas tinham de ser ao Menino Jesus.

Para a D. Prudência de Jesus foi uma estreia, nunca tinha vindo à Biblioteca e nunca se tinha imaginado a escrever num computador. Como sempre teve ajuda para escrever, até porque se tinha esquecido dos óculos.

O sr. Augusto Serras escreveu sem ajudas, como sempre. Os restante tiveram, até porque alguns vêm mal e não sabem ler nem escrever, como o caso do Gregório.

Todos pediram saúde e paz para todos, em especial para eles próprios e suas famílas.

No final impriram-se os trabalhos, para que pudessem levá-los.








E aqui estãos os trabalhos:






quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 23 de Novembro fomos ao Centro de Dia de Alcaravela para realizarmos as actividades do Cantinho dos Avós e o Baú das Memórias.

No Cantinho dos Avós contámos algumas histórias.
A primeira foi Corre, corre cabacinha, na versão adaptada por António Torrado. Enquanto se ia lendo a história, alguns dos utentes iam dizendo o que ia acontecer a seguir, pois trata-se de uma história tradicional. Alguns disseram logo que se lembravam bem das suas mãe e avós contarem aquela história quando eles eram pequenos. Perguntaram logo se aquele livro ia lá ficar. Sim, porque faz parte do Baú das Memórias, ou seja, livros que ficam lá para que os utentes possam ler ou simplesmente folhear.

Como o Natal está a chegar e como os utentes do Centro de Dia gostam bastante de histórias religiosas, a segunda história foi Natal Menino. Gostaram muito, principalmente das ilustrações.

Depois começámos a ler uma história de Natal, Sonhos de Natal, de António Mota, que só iremos terminar na próxima sessão. Como é longa, mas muito bonita, foi dividida.

Fala-nos do menino Manuel, que vivia em Pedra de Hera, uma aldeia onde nevava muito no inverno. O Manuel vivia com mãe e avó, porque o pai tinha emigrado para o Brasil quando ele tinha apenas alguns meses de vida. O grupo de amigos do Manuel, a Ana, Joana, o Pedro e o Ricardo, gostavam muito de ir a casa do Sr. Afonso comer pataniscas de bacalhau...
Todos os anos ficavam muito entusiasmados com aquilo que o Menino Jesus lhes iria trazer. E esperavam vê-lo a subir a chaminé de suas casas...sim porque era o Menino Jesus quem trazia os presentes de Natal.
O carteiro deixava uma carta à mãe do Manuel, era assim que recebia notícias do seu marido. Naquela altura era a única forma de ter notícias dos familiares, muito antes do telemóvel ou da Internet.
O pai do Manuel mandava sempre mil beijinhos, mas na última não....a última não deixou a mãe primeiro feliz e depois triste, apenas a deixou alegre. Que estranho...

Mas o resto só o saberemos na próxima sessão, também ela na semana do Natal, lá para o dia 21 de Dezembro.

(Nós temos a edição da esquerda do livro Sonhos de Natal, mas já saiu uma nova edição com ilustrações fantásticas de Júlio Vanzeler)




quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 16 de Novembro os utentes do Centro de  Dia de Alcaravela vieram a mais uma sessão no Espaço Internet, desta vez dedicada ao Dia de São Martinho.

Escreveram alguns provérbios dedicados a esse dia no computador e apenas com algumas ajudas. Como é hábito, o Sr. Augusto Serras escreveu sem qualquer ajuda.








segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tarde das Bruxas

No dia 31 fizemos uma Tarde das Bruxas, dedicada a histórias e lendas sobre bruxas.
O Sr. Augusto Serras, Sr Manuel André e a D. Conceição de Jesus, todos do Centro de Dia de Alcaravela, vieram partilhar connosco algumas histórias sobre Bruxas.

Quando eram pequenos ouviam muitas lendas, as avós e mães destes senhores, contavam-lhes muitas histórias. Dizem que agora já não se ouve falar...mas também agora o foco central é a televisão e outras coisas, já não se sentam à lareira a conversar ao serão.
As burras usavam protecção, tal como as pocilgas, porque diziam que elas podiam embruxar.

A sexta-feira pela meia-noite era altura em que as bruxas se encontravam, bailavam, riam e brincavam. Muitas das vezes iam para as hortas e bailavam em cima dos produtos semeados e plantados, que no dia seguinte apareciam pisados.

Uma vez, a filha de um dos senhores que frequenta o Centro de Dia, apareceu no sótão a chorar, foi lá deixada pelas bruxas! Se era bebé, dormia no meio dos pais, como era possível aparecer no sótão?

Uma das formas das bruxas não se meterem com os homens, era mostrar o pénis, desta forma elas iam logo embora a fugir.
Mas caso não o fizesse, elas podiam obrigar a levá-las às cavalitas até onde quisessem.
Havia uma única condição, nunca podiam revelar a sua identidade, ou algo de grave acontecia.

Se alguém deixasse uma taça de milho atrás de uma porta e a bruxa abrisse e entornasse o milho para o chão, a bruxa tinha de apanhar bago a bago até ter apanhado todo o milho. Não podia deixar nada para trás.

Também falaram das novas bruxas, bruxas-curandeiras.
Uma vez o Sr. Manuel André saiu para os seus negócios, mas não disse nada a ninguém e assim andou quatro dias. A família como não sabia dele foi a uma dessas bruxas, disse-lhes que estava vivo, e isso era verdade, acertou.

Falaram nos lobisomens também...que antigamente se falava muito nisso. Era uma sina que aqueles homens tinham. Quando saiam de casa e ao deparem-se com pegadas de animais, espojavam-se em cima delas e transformavam-se nesse animal. Afinal não era em lobo. Uma forma de quebrar o feitiço era virar a roupa das avessas...mas eles pressentiam e voltavam a casa. Podia ser perigoso tentar, podiam até matar essa pessoa. Segundo a minha avó, depois de virar a roupa ainda espetavam alfinetes.

A conversa durou o tempo previsto e muito mais havia para dizer...talvez não sobre bruxas, mas outras coisas que antigamente eram faladas.

A tradição oral é uma herança preciosa que pode perder-se com o terminar de toda uma geração cuja memória ainda está muito viva sobre esses assuntos.
A superstição, mezinhas, bruxas, lobisomens, fantasmas, etc, são temas que geração após geração eram transmitidas, agora com toda a nossa tecnologia a ocupar o nosso tempo, esta herança tem de ser preservada com urgência, para que não a perdermos para sempre.




quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 25 fomos novamente ao Centro de Dia de Alcaravela, supostamente para fazer as actividades habituais, mas desta vez não houve tempo para tudo.

Conversámos sobre a actividade da Tarde das Bruxas....porque estes senhores e senhores conhecem muitas histórias sobre bruxas. Alguns deles virão contar-nos algumas.

Depois conversamos sobre o Natal deles quando eram crianças...mas quanto a este assunto, vão ter de esperar mais algum tempo, não podemos desvendar já o que disseram. Vai sair no boletim O Sardoal um artigo sobre isso, e nós gostamos de fazer surpresas.




quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 12 de Outubro alguns dos utentes do Centro de Dia de Alcaravela vieram a mais uma vez ao Espaço Internet.

Como é costume, o Sr. Augusto Serras não precisa de grandes ajudas porque já sabe manusear bem o computador. Desta vez trazia uma cábula num papel para poder escrever no computador.

Os restantes escreveram algumas mezinhas para as constipações. Numa altura em que o frio começa a aparecer ao entardecer, todo o cuidado é pouco, por isso escreveram algumas mezinhas.

A D. Júlia entretanto começou a falar nas Broas dos Santos, por isso escreveu a receita das broas. As quantidades são "a olho" e estas broas são cozidas em forno de lenha, porque a maioria destes idosos ainda têm forno de lenha. Este sim é um processo mais complicado, é preciso conhecer o forno; saber qual a cor certa dos tijolos que indica a temperatura; tapar a porta e ir vendo; se tiver demasiado quente, afastam-se as brasas e tampam-se com uma telha.

Uma das variantes desta receita é acrescentar nozes ou amêndoas. Mas o Sr. Augusto disse logo que antigamente não havia nem uma coisa nem outra para estes lados, por isso não se usavam nas broas. Mas eu lembro-me da minha avó usar, tinha algumas nogueiras e amendoeiras.

Algumas curiosidades: para pincelar com a gema do ovo usavam um bocado de pano para o fazer, nós agora já temos os picéis; amassar era num alguidar de barro e depois de amassadas, eram colocadas num tabuleiro de madeira.