sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Avô Online - Programa Pampi

No dia 18 de Fevereiro dois grupos tiveram a sua primeira sessão na actividade promovida pelo programa Pampi, o Avô Online.

Para a maioria foi a primeira vez que contactaram de perto com aquela "coisa" que é o computador.
O Ricardo era o anfitrião, e foi deixando todos descansados com o que se iria passar naquele tempo.
Primeiro ficaram a conhecer o que tinham à sua frente, o monitor, o rato, teclado, a câmara, para depois darem início à aprendizagem. Primeiro que tudo, era necessário ligar o computador, entrar no "ambiente de trabalho" e começar a manusear o computador.
A primeira pequena "guerra" foi com o rato...é complicado no início...parece que foge sempre em sentido contrário do pretendido, mas depois habituamo-nos a ele.

Foram duas sessões, uma às 10h e outra às 11h, mas pelo que ouvi dizer, já há lista de espera...por isso quem sabe se não haverá mais.

Como é normal, "primeiro estranha-se e depois entranha-se". Acontece sempre, no início acha-se que é uma coisa só para os mais jovens, mas não é, pode ser para qualquer idade.














quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 17 de Fevereiro os utentes do Centro de Dia de Alcaravela vieram a mais uma Hora do Conto.
A história que ouviram foi Apaixonados, de Rebecca Dautremer, para celebrar o Dia dos Namorados.

Foi muito engraçado, depois da história, contaram como era no tempo deles o namoro. Primeiro pedia-se em namoro as raparigas e elas davam a resposta, mas só no domindo, depois da missa. E não era bem como nós imaginamos, afinal até namoravam muito, tinham muitas namoradas, principalmente os rapazes. As raparigas não, tinham outras preocupações; tinham a casa para tomar conta, os irmãos, etc. Não tinham tempo para namorar. Uma das alturas de muitos namoricos era a apanha da azeitona, quando terminava, terminava também o namoro.

No final, fizeram o coração em quilling. A técnica é muito simples, uma tira de cartolina vermelha, um quadrado de cartolina branca. Dobra-se ao meio a tira e enrola-se as pontas para dentro. Depois é só colar o coração na cartolina.





quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cantinho da Leitura

No dia 16 de Fevereiro foi o dia da primeira sessão do Cantinho da Leitura, do Programa Pampi, no Centro de Convívio de Sardoal.
 
Como foi a primeira vez, ainda não se sabia bem os gostos dos participantes, por isso, e sendo a semana do Dia dos Namorados, foi lida a história Apaixonados, com texto e ilustração de Rebecca Dautremer.
As ilustrações são lindas, não fosse um trabalho desta ilustradora fantástica. O texto é simples, mas muito bonito.
Fala da Salomé que não sabia o que era estar apaixonada...mas acha as reacções do Ernesto estranhas....será que está apaixonado?
Vai então conversando com os amigos, todos crianças, que lhe vão dando explicações de como é estar apaixonado...mas claro, tudo do ponto de vista das crianças. Uma bela história.

Depois, foram lidas duas histórias do livro Zás-Trás-Pás eis os contos que o livro traz, a história Cabaça Cabacinha e Avoa, avoa por cima de toda a folha.
Duas histórias tradicionais, que logo disseram que já conheciam mas não assim. A Avoa avoa era uma das história contadas à lareira quando era pequena.

Alusivos ainda ao Dias dos Namorados, fizeram um coração em quilling. Uma técnica muito simples, mas com efeitos muito bonito.
Basta ter uma tira de cartolina, este caso, vermelha, dobrar ao meio e cada ponta enrolar para dentro. Deixar um bocado por enrolar e desenrolar naturalmente, para que forme um coração. Colaram sobre um quadrado de cartolina branca, assim sobressai mais.
Como é costume, a conversa começou nas histórias, mas quando demos conta já falávamos de comida, da quinta-feira das comadres, de fazer flores com pão...etc. As flores de pão ficaram para a próxima! Vamos todos aprender.

A quinta-feira das comadres será na próxima quinta, pois é duas semanas antes do Carnaval. Costumavam fazer comida, arroz doce, mas só as mulheres...os homens não. As mulheres iam a cavalo num baú, mas os homens não.

 






Ano Europeu do Voluntariado - Divulgação

Ano Europeu do Voluntariado


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 10 de Fevereiro os utentes do Centro de Dia vieram ao Espaço Internet escrever poemas de amor.

Tinham dois poemas de escritores conhecidos para copiarem, as senhoras preferiram o de Almeida Garrett, "Olhos Negros"; já os senhores preferiram o de Florbela Espanca "Amar".
O Sr. Augusto como sempre, preferiu escrever coisas dele e nós achamos muito bem, até porque consegue manusear o computador sozinho.


OLHOS NEGROS

POR TEUS OLHOS NEGROS, NEGROS

TRAGO EU NEGRO O CORAÇÃO

DE TANTO PEDIR-LHE AMORES…

E ELES A DIZER QUE NÃO.


E MAIS NÃO QUERO OUTROS OLHOS,

NEGRO S, NEGROS COMO SÃO,

QUE OS AZUIS DÃO MUITA ESPERANÇA

MAS FIAR-ME NELES, NÃO.


SÓ NEGROS NEGROS OS QUERO

QUE, EM LHES CHEGANDO A PAIXÃO,

SE UM DIA DISSEREM SIM…

NUNCA MAIS DIZEM QUE NÃO.


 

LUDOVINA DE JESUS

CIMO DOS RIBEIROS, ALCARAVELA

89 ANOS

IDALINA DE JESUS

ENTREVINHAS

86 ANOS


Olhos negros

Por teus olhos negros, negros

Trago eu negro o coração,

De tanto pedir-lhe amores…

E eles a dizer que não.
 
E mais não quero outros olhos,

Negros, negros como são,

Que os azuis dão muita esperança

Mas fiar-me eu neles, não.

 

Só negros, negros os quero,

Que, em lhes chegando a paixão,

Se um dia disserem sim…

Nunca mais dizem que não.

 

Maria da Conceição Marques

79 anos

Cerro do Outeiro, Mação


Luísa do Rosário

87 anos

Mouriscas


Amar!!!

 

Eu quero amar, amar perdidamente!

Amar só por amar: aqui… além...

Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…

Amare! Amar! E não amar ninguém!

Gregório
Amar!!!

Recordar? Esquecer? Indiferente !...

Prender ou desprender? É mal? É bem?

Quem disser que se pode amar alguém

Durante a vida inteira é porque mente!

Manuel André











 









Era o amparo de mãe amava como

Ninguém um dos seus maiores amores

Era um rapaz muito honrado sentinela

Nos açores o seu lindo fardamento

Bonito todo cinzento que lhe ficava

Tão bem abraçado e a sorrir tira antes

De partir o retrato amais a mãe a pátria

Foi defender com grande saudade em

Quanto estivesse ausente passa dois

Anos ao lar volta pra mãe abraçar a

Transbordar de alegria quando as

Vizinhas à porta lhe dizem a mãe está

Morta sepultada de à três dias louco mal. Tirou o fato foi se abraçar ao retrato ao Cemitério dalém mas no silêncio finério procurou no cemitério a

Campa da sua mãe o cachão desenterrou e chorar se abraçou ao corpo da mãe gelado não chore mãezinha sorri não chore que esta junto a si o seu filhinho adorado esteve até de madrugada a chamar pela mãe amada e ao fim calou-se também o que triste caso aquele de manhã deram com ele morto abraçado à mãe.

Augusto Serras