quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Os últimos dias de férias...

As actividades terminaram no dia 9, na passada sexta-feira, mas na segunda seguinte havia muitas crianças a pedirem que houvesse mais, pelo menos até quarta. E assim foi...mas já foram actividades muito mais informais.

Na segunda fizemos um brinquedo. Primeiro fizeram em papel, um copo; depois amarrotaram um pedaço de papel e agrafaram-no a um cordel, que por sua vez foi agrafado ao copo. E estava feito. Agora era só tentar acertar com o bola no copo.

Na terça fizemos gelatina, uma preparação para a actividade de hoje, ou seja, de dia 14, quarta-feira: um lanche final.

A ideia do lanche final partiu do grupo de rapazes que durante estas férias tiveram numa das salas de leitura com os seus computadores.
A vila de Sardoal não tem grandes respostas para dar aos jovens durante as férias, têm a piscina e a Biblioteca.

Durante cerca de 57 dias, a Biblioteca foi a sua segunda casa, desde bem cedo, a maioria desde as 9h da amanhã, até fechar, lá estavam eles. Nem sempre se portaram bem...às vezes esqueciam-se do local onde estavam e falavam mais alto...mas afinal as férias foram passadas naquela sala.

Foi com agrado que aceitámos a sugestão deles, em fazer um lanche partilhado entre todos aqueles que passaram o verão connosco.

Afinal este é um dos papéis das Bibliotecas públicas.











Floresta Encanta(da)

O tema das nossas actividades centrou-se na nossa floresta, mas na nossa ida ao Fluviário tivémos uma revelação, dada pela Bióloga Ana. Afinal em Portugal não existem florestas...pois é.

Uma floresta é um local onde existem vários tipos de árvores, de diferentes espécies, diferentes idades e tamanhos...nós por norma, só temos zonas de pinheiros, eucaliptos, sobreiros, etc.

Aquilo que nós temos são matas.

Estamos realmente sempre a aprender! E no dia da visita ao Fluviário aprendemos realmente muito!



Fim da nossa viagem!

Floresta Encanta(da) XI: visita ao Fluviário

Visita ao Fluviário de Mora


No dia 7 de Setembro fomos visitar o Fluviário de Mora.

Foi uma longa batalha, havia mais saída programadas, mas tivemos alguma dificuldade no transporte, então só conseguimos fazer esta saída.


Assim, e dentro do nosso tema, fomos conhecer espécies animais que vivem nos nossos rios.
Fomos muito bem recebidos e tivemos o privilégio de sermos acompanhados pela bióloga Ana, que fez o favor de explicar tudo!

É uma "longa" viagem, começamos na nascente e vamos até à foz do rio, ao longo do percurso vamos conhecendo as diversas espécies que vivem lá.

Vimos espécies em vias de extinção, mas também uma já extinta nos nossos rios, só havendo em cativeiro: o esturjão.

Pudemos "mexer" na raia, que parecia gostar das nossas festinhas.

Era muito engraçado, porque nós fomos visitar os peixes, mas eles também vinham ver quem nós éramos...afinal também são curiosos!

Um mito que foi desvanecido foi em relação à memória, costuma-se dizer que os peixes têm memória de 3 segundos...pois afinal não, segundo alguns estudos têm memória de 3 meses.

Lá estava a maior cobra do mundo...esta ainda pequena, a anaconda; uma enguia eléctrica....que é preciso ter muito cuidado…pois dá realmente choque, três vezes a corrente que temos nas nossas tomadas em casa.
A atracção principal...e perdoem-me os restantes animais, são mesmo as lontras. Lá vive um casal muito amoroso, divertido, e que faz jus à sua boa fama. No início estavam desaparecidos, talvez a dormir...só na parte da tarde é que pudemos deliciar-nos com eles.
Também fomos ver os bastidores, onde "há monstros e dragões"! Visitámos os peixes que estão de quarentena, alguns deles doentes, mas só olhámos da porta...afinal alguns estão doentes e nós não queremos pô-los pior.

A grande zona onde toda a água é filtrada, cada tanque tem um filtro gigante.
Visitámos também a cozinha, onde as refeições são preparadas. Havia muitas codornizes congeladas para a anaconda comer, claro que antes são descongeladas e ligeiramente aquecidas, para que ela ache que ainda está viva. Muitos tipos de peixes, também rações próprias...enfim, cheia de comida.

Caso haja uma falha de energia, está lá um gerador suplente e nós também o fomos ver. Sim, porque a água circula graças a energia e a temperatura é monitorizada, nada pode falhar.

Pudemos fazer desenhos e trabalhar com a plasticina.
Para aquelas pessoas que acham que estes sítios têm bilhetes caros...basta pensar na manutenção que todo aqueles espaço tem, na quantidade de dinheiro que é preciso para manter a boa qualidade da água, a energia, a comida, etc.
Foi um dia muito bem passado, aprendemos muito, vimos peixes que nunca tínhamos visto e infelizmente um deles já extinto nos nossos rios.
Adorámos! Obrigado Fluviário!!!

















terça-feira, 13 de setembro de 2011

Floresta Encanta(da) X

Flores Recicladas

No dia 6 de Setembro  fizemos flores ecológicas. Cortámos rolos de papel higiénico em rodelas e Colámos de forma a formar flores.


No dia seguinte fomos ao Fluviário de Mora, mas faremos um post só com essa visita.

Painel da Natureza

Uma forma de terminar a longa jornada de actividades, foi pintar aquilo que tinham visitado no dia anterior no Fluviário, incluindo alguma das espécies faladas ao longo das férias.
Uma forma diferente de trabalharem em equipa e com tarefas distintas para cada uma das crianças.

Parque das Merendas

Para encerrarmos em grande, fizémo-lo no Parque das Merendas, um local verde, com muitas àrvores, onde puderam brincar, ler histórias, jogar à bola e lanchar. 
A Biblioteca saiu de casa e foi ao jardim. 


















Floresta Encanta(da) IX

Resineiro

No dia 5 de Setembro fomos conhecer o Sr. Arménio, de Alcaravela, Sardoal, um dos últimos resineiros, apesar de já não praticar a actividade.

Antigamente o Sr. Arménio sangrava cerca de mil pinheiros por dia. Acordava muito cedo e ia para o pinhal acompanhado pelo irmão. Iam munidos de alguns instrumentos para iniciar o processo de tirar a resina de um pinheiro.

Naquele dia, e para as crianças ficarem a saber o processo, fez tudo de uma vez. Mas na realidade primeiro sangravam o pinheiro e colocavam ácido, para que a casaca "abrisse" e a resina pudesse sair. Depois colocavam os caneco, ainda de barro e só depois iam colher a resina.

Só os pinheiros com mais de 32 cm de diâmetro podiam ser usado, ou havia logo multas.
Primeiro preparavam o pinheiro raspando a superfície; depois com o ferro "feriam" o pinheiro e colocavam ácido (que naquele dia foi com água), para que o pinheiro fosse obrigado a "chorar". Pregavam um prego para segurar o caneco. Após alguns dias, iam e colhiam os canecos com a resina. Podiam ir fazendo ao longo do tronco, mas só até certa altura.

As crianças quiseram logo experimentar. Claro que algumas foi com dificuldade, pois é preciso usar alguma força e saber as posições correctas.

Algumas disseram que gostavam quando crescessem de ter pinheiros para serem resineiros... Esta é uma arte que tem vindo a desaparecer, está também quase extinta.