quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Profissão dos Nossos Avós - Pastor

No dia 9 de Fevereiro a turma B do 1º Ciclo de Sardoal foram conhecer uma profissão do tempo dos avós deles: Pastor.
Como se tratava de uma profissão complicada de levar à Biblioteca e perdia metade do sentido, fomos até ao campo ter com o Agostinho Esperto, o pastor.

Pelo caminho passámos pela Fonte Velha, que tem uma lenda, diz-se que tem dois potes, um com outro e outro com peste. Quem os encontrar não sabe o qual vai abrir...se abrir o da peste, ficamos todos doentes, mas se for o do ouro, fica rico.
Como é uma das mais antigas fontes, ainda se nota o sítio onde as pessoas pousavam os cântaros para levar a água.
Depois passámos pelo sobreiro do D. Maria, um grande sobreiro, muito antigo e classificado.

E lá fomos andando até que encontrámos o Agostinho e a sua irmã, acompanhados pelos cães e cerca de 275 cabeças, ovelhas, cabras e filhotes.

Primeiro tivemos contractos com os filhotes, borregos pequenos, o primeiro com três dias de vida.

Se no início estavam um bocadinho envergonhados, alguns minutos depois já andavam a correr atrás das cabras e das ovelhas, a tentar fazer-lhes festas; mas elas fugiam. Já pareciam pastores.

Depois, o Agostinho foi buscar uma cabra para aprendermos a ordenhar, ou seja, a tirar o leite. Trouxe-nos a Castanha, uma cabra que no ínico estava com um bocadinho de medo. Mas o Agostinho logo disse, que nenhum daqueles animais era perigoso nem marrava, mesmo aqueles que tinham cornos, porque tem os sobrinhos pequenos e claro que animais desses não podia ter.

As crianças em pouco tempo já estavam a tirar o leite! Todos queriam experimentar.

Entretanto, lá iam aparecendo com mais animais ao colo, pequeninos e muito sossegados.
Reparamos que algumas ovelhas tinham a lã maior que outros, o Agostinho explicou que era por serem de raças diferentes. A raça da Serra da Estrela é maior, protege mais da chuva.
Havia de muita cores, brancas, castanhas, malhadas, pretas...

Quando uns dos borregos era libertado, corria logo para a mãe e na direccção certa, faziam "méé" e logo encontrava. E porque? Porque quando nascem a mãe lambe o filhote e fica a conhecer o cheiro dele e a cria, o da mãe.

A animação era muita, andavam já a correr atrás dos animais, a tentarem apanhar algum, mas eles fugiam. Os cães é que não percebiam muito o que se estava a passar, mas estavam sossegados em vigilância, só reagiam com a ordem dada  pelo Agostinho. É impressinante como eles entendem cada assobio e cada ordem verbal e fazem exactamente aquilo que lhes pedem.

Depois apareceu a senhora com um borrego que mais parecia a Ovelha Choné, preta, mesmo preta e com algumas partes brancas. Todos queriam pegar ao colo.

Mas antes de irmos embora tivémos uma grande surpresa!
Uma das cabras estava quase a dar à luz! Seria um momento único para todos!
O Agostinho foi ver como estava a decorrer o parto, se estava quase ou não, afinal estava quase quase. Lá fomos atrás dele para perto do local onde estava a cabra. Não podíamos fazer barulho, a cabra não podia ficar nervosa. Esperámos uns minutos e lá começámos a ver a cabeça do cabrito e depois o resto do corpo. Mal chegou ao chão "chourou" e a mãe começou a limpá-lo. Este era o primeiro cabrito, porque a cabra tinha mais um para nascer. Mas infelizmente o tempo voou e nós tivemos de vir embora.

No final, agradecemos ao Agostinho e à sua irmã. Foi uma forma bem diferente de vermos uma profissão.

Se tivesse sido na Biblioteca, estávamos confinados a um local, assim, fomos memso ao espeço onde andava o pastor, desta forma, foi muito mais realista.

O nosso muito obrigado ao Agostinho!




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