quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 27 de Outubro os idosos do Centro de Dia de Alcaravela vieram ao Espaço Internet.

Pela primeira vez experimentaram comunicar através do Messenger. Explicou-se que o Messenger servia para comunicar com alguém que estivesse longe (o que não era o caso), podendo conversar através da escrita e ver pela webcam.

Um dos senhores experimentou mas como gosta de aproveitar as suas visitas ao Espaço Internet para escrever, preferiu escrever um bocadinho.

Mais uma vez fica provado que nunca é tarde para aprender.








terça-feira, 26 de outubro de 2010

1º Ciclo de Sardoal

No dia 26 de Outubro a turma F do 1º Ciclo de Sardoal veio participar na actividade Encontro com o Passado.

Esta actividade tenta mostrar às crianças locais com história, mas de forma acessível e que fiquem a conhecer um pouco mais.

Desta vez fomos visitar a Igreja Matriz. Um edifico dos finais do século XIV inícios do século XV, onde podemos fazer uma viagem ao longo de muitos séculos e de muitos estilos artísticos.

Começámos por visitar a capela lateral dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, onde estão as tábuas do Mestre do Sardoal, uma parceria de pintores, Manuel Vicente e Vicente Gil, de Coimbra. Pintaram o primitivo retábulo desta igreja. Depois ficaram a conhecer uma Pietà, ou uma Piedade, muito antiga, do século XIV, de pedra.

Fomos para a capela-mor, onde viram o grande retábulo em talha dourada e a sua decoração; os painéis de azulejos de Gabriel del Barco, com cenas da vida de S. Tiago.

Vimos os outros altares, os santos e fomos para a zona exterior, para que vissem a rosácea e o portal.

(As fotografias foram tiradas pela Martinha Serras, a arqueóloga que colabora com a Câmara Muncipal.)












segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Santa Casa da Misericórdia

No dia 25 de Outubro os idosos da Santa Casa da Misericórdia vieram ao Espaço Internet.
É um grupo que está mais familiarizado com o computador e podem fazer umas "brincadeiras" diferentes.

Foram conversar no Messenger. A animação é sempre a mesma...conversar como se estivessem à distância, através da escrita e com a webcam ligada.

Tal como qualquer pessoa, as conversas são sobre o seu dia-a-dia, se vão ao bailarico, o que andavam a fazer, um dos senhores atrasou-se, foi logo motivo de questionário.´

Diziam que mesmo sem saber ler ou escrever, se fosse noutro tempo, ainda iam conseguir fazê-lo. Gostam "destas coisas" e nota-se uma certa satisfação em aprender a manusear os computadores e estas novas formas de comunicação.










Feira de S. Simão ou da Fossa

Na próxima quinta-feira, dia 28 de Outubro, realiza-se a Feira de S. Simão ou da Fossa.

As feiras têm sido um dos acontecimentos mais importantes de transacções desde 500 a.C.
As primeiras feiras estão relacionadas com festividades religiosas. As feiras retomam a sua importância após o declínio do império romano, no século XI, após o feudalismo (um período em que o território estava delimitado e cada um produzia o que necessitava, caso houvesse falta, trocava-se.)

A Feira da Fossa realiza-se no dia dedicado a S. Simão, daí o nome e mais uma vez, segue a ideia da relação entre um dia dedicado a um santo.

Esta feira já era referida em 1750, considerada durante muito tempo, uma das maiores e mais importantes feiras do norte do Ribatejo.

Era neste dia que chegavam os "Capuchos", pessoas que vinham da Beira Baixa para cá, para a apanha da azeitona. Assim juntavam o útil ao agradável.

Até há poucos anos, as feiras eram das poucas ocasiões que as pessoas tinham de fazer compras. Havia o comércio tradicional, mas desta forma, podiam comprar muitas coisas num único espaço....mais ou menos como nós fazemos nos hipermercados e nos centros comerciais.
Havia muito tipos de cereais, objectos para a agricultura, roupas, animais, etc.

Mesmo podendo ser um dia de semana, as pessoas não iam trabalhar neste dia e vinham à feira abastecer-se.




quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 21 de Outubro os idosos do Centro de Dia de Alcaravela viram visitar a Igreja da Misericórdia de Sardoal.

É uma igreja já muito antiga, construída em 1551; mas antes havia uma pequena ermida, mandada construir por D. Leonor, numa das suas visitas a Sardoal. Nesses tempos, o Sardoal era conhecido por ter boas águas para as maleitas, para as doenças.



O portal foi feito em pedra de Ançã, da zona de Coimbra, por João de Ruão. Ao centro tem Nossa Senhora da Misericórdia que, com o seu manto, protege as pessoas. Neste caso pessoas da realeza e do clero.


As Misericórdias tinham no seu início um papel muito importante, ajudar as pessoas com os funerais dos seus familiares, na compra da mortalha. Uma das senhora ainda se lembra da sua mãe ter ido assim, sem caixão.


O interior é decorado a azulejo com grandes jarrões de flores, que nós chamamos de albarradas; tem um púlpito em forma de cálice, onde o sacerdote subia para o Sermão. O retábulo-mor é de talha dourada, com colunas torsas, decoradas com cachos de uvas, para simbolizar o sangue de Cristo. Ao centro, um Cristo Crucificado do século XVII, chamado de Senhor da Misericórdia. É esta imagem que sai na Procissão dos Fogaréus, na Quinta-feira santa.


Para terminar a nossa visita, as senhoras quiseram fazer algumas orações.








terça-feira, 19 de outubro de 2010

1º Ciclo de Sardoal

No dia 19 de Outubro iniciámos as nossas actividades com o Agrupamento de Escolas de Sardoal. A primeira turma que veio do 1º Ciclo de Sardoal, foi a Turma A.

Foi a Hora do Conto, onde ouviram a história O H Perdeu Uma Perna, de Ana Vicente, com ilustrações de Madalena Matoso, editado pela Oficina do Livro.

Sendo uma turma do 1º ano, estão agora a iniciar a aprendizagem das letras...e esta história fala-nos de uma grande desgraça que aconteceu ao H...estava ele a tomar banho no mar quando perdeu uma perna!!!! E agora?! Tinha de encontrar uma solução. Pensou em pedir ajuda às outras letras do alfabeto...mas não correu como imaginado.
É uma história divertida que percorre todas as letras do alfabeto, com palavras associadas a cada uma delas.

Depois conversámos sobre a história, sobre as letras e livros e consultaram alguns livros.





Santa Casa da Misericórdia

No dia 18 de Outubro a Santa Casa da Misericórdia veio à Hora do Conto.

Depois de um intervalo, regressaram às actividades na Biblioteca.

Como é o mês da comemoração dos 100 anos da Implantação da República foram lidas duas histórias do livro 7X1910, Histórias da República, de Margarida Fonseca Santos, da Gailivro.

Depois conversámos sobre como era viver nesses tempos. Não se lembravam dos familiares terem falado sobre a Implantação, eram outros tempos.
As dificuldades são tema comum aos dois grupos que frequentam as actividades da Biblioteca.
O excesso de trabalho, a comida, partes da história relacionadas com o Estado Novo, as perseguições da Pide; mas também da seriedade das pessoas naqueles tempo. A palavra era dada como juramento e hoje em dia nada disso se passa, têm de ter muito cuidado para não serem enganados.

Como está quase a chegar o dia da Feira da Fossa, já no próximo dia 28 de Outubro, falamos sobre essa feira noutros tempos.
Havia muitos animais à venda e vinham de longe, do Alentejo. Porcos, carneiros, cabras, alguns bois, muitos cereais, alguma roupa; mais de homem...porque a de mulher era essencialmente feita em casa.
Esta feira como tem data fixa podia calhar num dia de semana, mas se assim fosse, era um dia em que não iam trabalhar, pois era realmente importante vir.



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Centro de Dia da Alcaravela

No dia 14 de Outubro os idosos do Centro de Dia de Alcaravela vieram ao Espaço Internet.

Além de praticarem mais um pouco no manusear do computador, foram ver algumas mensagens  sobre as suas actividades na Biblioteca aqui no blogue e até escreveram alguns comentários.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Centro de Dia da Alcaravela

No dia 7 de Outubro os idosos do Centro de Dia de Alcaravela vieram à Hora do Conto.
  
Como esta semana comemorou-se o Centenário da Implantação da República, foram lidas algumas das histórias do livro 7x1910 Histórias da República de Margarida Fonseca Santos.
Leu-se Eu, a bandeira branca; Eu, a coroa e Eu, a varanda.
Conversou-se sobre a herança da República, a nossa actual bandeira nacional, o hino e a antiga moeda, o escudo.
Nenhum deles tinha lembranças de ter ouvido falar na implantação da República, naquela altura não era comum falar sobre esses assuntos, pelo menos nestas famílias, na sua maioria a viverem em pequenas aldeias e com grandes dificuldades económicas.
Lembraram-se logo que era costume quando eram crianças, os pais virem à Câmara Municipal trocar senhas por alimentos, como o pão. Este, mesmo que tivesse bolor era comido, claro. Todos se lembravam de ter dividido a sardinha. Uma sardinha dava para três pessoas, a zona da cabeça ia rodando, pois era aquela que tinha menos comida.

O automóvel era sinal de grande riqueza, e quem tinha esse meio de transporte era o médico. A forma de se deslocarem era a pé; para transporte de cargas, usavam as juntas de bois.
Trabalhavam na agricultura, muitos passavam os dias à picota, que era uma forma de tirar água dos poços.Todos são da mesma opinião, nenhum de nós seria capaz de aguentar um dia como o deles. Mesmo com a nossa alimentação.

O almoço era couves com feijão, às vezes com nabo, azeitonas e um bocadinho de pão, mais nada.Os mimos eram as passas de figos, mas esses eram só para dias de festa; mesmo assim, alguns lá iam conseguindo algumas passas sem que ninguém notasse.


Um dos senhores lembra-se da festa que foi quando, uma das pessoas da sua aldeia comprou uma televisão, foi pelo 13 de Maio, ao serão todos se reuniram para assistir às cerimónias de Fátima.

Ao deitar e levantar pediam a bênção aos pais. Tal como agradeciam a comida e os dias de trabalho a Deus. Todos estes idosos foram educados no seio de famílias católicas e continuam a praticar.

Todos acham que naquela altura as pessoas eram mais saudáveis; mas que agora vive-se muito melhor, a vida mudou, mas mudou para melhor.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

100 anos da República Portuguesa

Amanhã, dia 5 de Outubro, faz 100 anos que foi implantada a República em Portugal.

Pelas 9h da manhã do dia 5 de Outubro de 1910, uma quinta-feira, alguns membros do Partido Republicano Português subiram ao primeiro andar da Câmara Municipal de Lisboa, seguiram até à varanda e dirigiram-se a uma pequena multidão, proclamando a República.


















Uma nova fase tinha começado, acabava a Monarquia e começava a República.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Livro para os mais novos

O livro 7x 1910 Histórias da República, da autoria de Margarida Fonseca Santos e com ilustrações de Inês do Carmo, editado pela Gailivro;  explica aos mais novos de uma forma simples e acessível os momentos mais importantes que levaram à Implantação da República.
São sete histórias, de sete momentos históricos contadas na primeira pessoa:

Eu, o Mapa Cor-de-Rosa
Eu, a bala
Eu, a bandeira branca
Eu, a coroa
Eu, o navio de guerra
Eu, o iate real
Eu, a varanda

Por exemplo na história "Eu, a varanda":
 "Tenho um enorme orgulho em ser a avranda mais importante da Câmara Municipal de Lisboa!
Ao longo da história da cidade, já assisti a muita coisa, já ouvi muitas conversas, já acompanhei pensamentos preocupados e olhares s procurar no céu mais ideias e inspiração para resiolver os porblemas que habitam dentro do edifiício."

Está disponivel na Biblioteca para empréstimo.


Exposição

De 4 a 29 de Outubro estará patente na Biblioteca a exposição comemorativa do Centenário da Implantação da República Letras e Cores, Ideias e Autores da República.

Esta exposição foi promovida pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB), em colaboração com a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.


A partir de textos de autores que marcaram decisivamente a cultura humanístico-literária em Portugal no final do século XIX e início do século XX, a DGLB convidou dez ilustradores: João Vaz de Carvalho, Afonso Cruz, Bernardo Carvalho, Marta Torrão, Teresa Lima, Rachel Caiano, Jorge Miguel, Carla Nazareth, Gémeo Luís, Alex Gozblau, a tratar de forma artística dez temas representativos do contexto social, político, cívico e cultural da época: Ultimatum, Monarquia, 5 de Outubro, Igreja, Educação, Mulheres, Modernismo, Grande Guerra, Chiado e Revistas.
O resultado mostra de que forma literatura e arte, passado e presente, se podem cruzar de forma coerente e harmoniosa.
Para quem quiser saber mais coisas pode consultar:
http://www.centenariorepublica.pt/

Além das exposições, também pode ver quais as bandas que se vão associar à inciativa de tocaram ao mesmo tempo, o Hino Nacional no dia 5 de Outubro, onde a Filarmónica União Sardoalense.





 

Concurso Um Conto de Natal

A Biblioteca irá promover o Concurso Um Conto de Natal.
 Desta forma pretende incentivar a criatividade escrita de uma época especial do nosso calendário.

É um concurso aberto a toda a população, independentemente da sua idade.

O Conto não deverá ultrapassar uma folha A4.

A recepção dos trabalhos deverá ser feita até dia 29 de Novembro, sendo a sua divulgação a 3 de Dezembro.

O prémio será a publicação do conto bem como a fotografia do vencedor no Boletim O Sardoal e uma pequena lembrança.

A entrega do prémio será feita pelas 19h do dia 6 de Dezembro, dia do 13º aniversário da Biblioteca.



quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Divulgação: Intercultura AFS Portugal

Recebemos um pedido para divulgar esta associação, a Intercultura AFS Portugal.

A Intercultura AFS Portugal é uma associação de voluntariado, com estatuto de Instituição de Utilidade Pública. Não tem fins lucrativos, filiações partidárias, religiosas ou outras. Tem como objectivos contribuir para a Aprendizagem Intercultural e Educação Global, através de intercâmbios de jovens e famílias. Desde 1956 que promove intercâmbios de jovens em Portugal e para o estrangeiro.

Este ano são 82 jovens, dos 15 aos 18 anos, vindos de vários países do mundo, que ao fim de 3, 6 ou 10 meses a viver numa família portuguesa voluntária e a estudar numa escola secundária, regressarão a casa com imensas histórias para contar na língua de Camões.



A Intercultura-AFS procura famílias de acolhimento voluntárias, interessadas em acolher um estudante, ensinar a nossa língua, costumes, tradições e estilo de vida.



Neste contexto, uma família de acolhimento é alguém com motivação e interesse em receber um jovem estrangeiro como um membro da sua família e não como um convidado ou hóspede, durante um trimeste, semestre ou todo o ano lectivo. Uma família AFS pode ser constituída por apenas um membro (mãe ou pai), sendo que não é necessário ter filhos, nem é necessário ter um quarto só para o estudante (pode ser partilhado com os irmãos de acolhimento).

Cultura é a forma como vivemos o nosso dia a dia, assim sendo, estamos à procura de famílias de todos os locais de Portugal.
Para mais informações e/ou inscrições consulte o nosso site http://www.intercultura-afs.pt/ ou admissions.coordination@afs.org

 


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Centro de Dia da Alcaravela

No dia 29 de Setembro o Centro de Dia de Alcaravela veio a mais uma visita guiada, desta vez a visita foi no Convento de Santa Maria da Caridade.

Primeiro assistiram à missa, que se celebra todas as semanas na Igreja do Convento para todos os utentes do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal.
Depois foi a visita. Como os outros utentes já se encontravam no interior da igreja, também assistiram.

 
Nos primeiros tempos havia uma pequena ermida nas proximidades com a imagem de Santa Maria da caridade; esta sim, era uma imagem muito visitada e procura por pessoas vindas de todos os pontos do país, pois era milagreira, atendia a todas as pessoas. Depois foi construída esta igreja, em cerca de 1571. Alguns anos mais tarde foi ampliada ou sofreu obras. Algumas delas pagas por D. Gaspar Barata de Mendonça, aí sepultado em mausoléu. Foi o Primeiro Arcebispo da Baia e Primaz do Brasil.
Nos altares laterais, o do lado esquerdo, tem o famoso oratório de Arte Namban, uma das peças mais conhecidas no estrangeiro e das mais viajadas.
O retábulo mor tem esculturas e pinturas de franciscanos, pois este convento era da ordem de S. Francisco.
 
Visitámos também a sacristia, cuja decoração tem influência da China, com a sua chinoiserie. Seguiu-se o claustro e o relógio de sol.











Autor em Destaque - mês de Outubro

Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde nasceu a 16 de Outubro de 1854, em Dublin, Irlanda.
Filho de William Robert Wilde e de Jane Francesca Elgee, foi criado no seio de uma família protestante.

Estudou na Portora Royal School de Enniskillen e no Trinity College Dublin onde é excelente aluno; ganhou uma bolsa de estudos para Magdalene College em Oxford. Foi aí que ganhou o seu primeiro prémio, Newdigate, com o poema Ravenna.
Em 1879 vai viver para Londres, onde começa a ter uma vida social bastante agitada. Em 1881 os seus poemas são publicados. Foi convidado a dar algumas palestras nos E.U.A sobre o movimento estético criado por ele: Dandismo. Defendia a partir de fundamentos históricos o Belo como antídoto dos horrores da sociedade industrial.
Em 1883 vai viver para Paris, onde entra no mundo literário local, abandonado o seu movimento estético. Regressa a Inglaterra onde casa, em 1884 com Constance Lloyd, de quem tem dois filhos, Cyril e Vyvyan.

Em 1890 é publicado o seu primeiro e único romance Retrato de Dorian Gray, antes tinha escrito duas colecções de histórias infantis. Em 1892 é levado a cena uma peça escrita por ele, foi um grande sucesso, outras se seguiram.
Em 1895 é acusado de comportamento indecente, devido a uma caso de homossexualidade, sendo condenado a dois anos de prisão com trabalhos forçados. Quando foi libertado vai viver para Paris passando a usar o pseudónimo Sebastian Melmoth. O escritor morava agora num lugar humilde, a condizer com as suas roupas, também muito mais simples da excentricidade de outrora.
Morre em Paris, a 30 de Novembro de 1900.

Na Biblioteca

O retrato de Dorian Gray
De Profundis
Teatro

O Declínio da Mentira

O Aniversário da Infanta

O Fantasma dos Canterville

O Jovem Rei

O Gigante Egoísta






terça-feira, 28 de setembro de 2010

Novas Aquisições III

A Biblioteca tem novas aquisições, que dentro em breve estarão disponíveis para empréstimo:

Infantil:
Quero Ser Grande, Tony Ross, Presença
O Nabo Gigante, Alexis Tolstoi, Horizonte 

Juvenil:
Eclipse, Stephenie Meyer, Galivro
Uma Aventura no Pulo do Lobo, Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, Caminho 
Diário de um Banana volume I, Jeff Kinney, Vogais & Companhia 
7x 1910 - Histórias da República, Margarida Fonseca Santos, Gailivro

Literatura:
Uma Promessa Para Toda a Vida, Nicholas Sparks, Presença
O Sétimo Selo, José Rodrigues dos Santos, Gradiva
Morreste-me, José Luís Peixoto, Livros Quetzal
Código da Vinci, Dan Brown, Bertrand

Outros:
Acompanhar Pessoas Idosas em Lares, Francisco Prat Puigdengolas, Bettrand

DVD's
A Menina da Rádio 
Aldeia da Roupa Branca
Crepúsculo 
O Pirata das Caraíbas- a Maldição da Pérola Negra
Ensaio sobre a Cegueira 
Expiação
Iron Man - Homem de Ferro
Horton e o Mundo dos Quem
A Princesa e o Sapo


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Centro de Dia de Alcaravela

No dia 23 de Setembro, dia em que começa o outono, o Centro de Dia de Alcaravela veio até à Biblioteca para a Hora do Conto.

Ouviram a história A Feiticeira do Parque, de Marlène Jobert.
A história fala-nos de uma senhora de cabelo verde e despenteado que durante os seus sonos debaixo de uma árvore num parque em Paris, faz feitiços sem saber. Certo dia, estava a tal Feiticeira do Parque a dormir uma sesta quando inspira as pintinhas pretas de uma joaninha, deixando-a despida e cheia de vergonha. O Marco, um rapaz normal, alegre e brincalhão, vai apanhar a bola perto da senhora, quando recebe umas pintas negras no nariz. Tinha recebido um feitiço! Mas de quem eram as pintas? E como tirá-las?
É uma história divertida e animada.

Depois, conversámos sobre muitas coisas.
Quando eram mais jovens por esta altura iam apanhar feixes de lenha para terem reservas quando os dias frios chegassem. Também apanhavam pinhas.
Em Setembro apanhavam figos para fazerem a passas e aguardente; só depois do Dia de todos os Santos é que se começavam com a lida de azeitona.
No final do mês de Outubro vinham à feira ao Sardoal, a 28; uns vendiam os porcos, o cordel para levar o porco; cabritos, outros compravam aquilo que precisavam. Naquela altura não havia a facilidade de hoje, as lojas não abundavam.
Uma das senhoras fazia muitas calças, coletes, forrava chapéus; levava 25 tostões pelo feitio de umas calças.
No dia de Santos iam pedir os bolinhos. Era o dia todo. Recebiam passas, broas, tremoços e algumas vezes, umas moedas.

A vida era bem diferente.

Um dos senhores contou a grande diferença da sua horta em 30 anos: tinha um poço que no início tirava água com à picota; depois com a mula; depois comprou um motor a petróleo; depois eléctrico e por fim fez um furo e assim ficou.
E nos próximos 30 anos, como será?


São actividades de dar e receber. Aprende-se muito com estas pessoas.

Presidente da República no Sardoal

No dia 22 de Setembro, dia do  Feriado Municipal e no ano em que a Santa Casa da Misericórdia comemora os seus 500 anos de existência a vila teve uma visita especial: o Presidente da República, o Professor Cavaco Silva.

A animação era muita desde cedo, mas aumentou pelas 17h com a chegada a sua chegada.
Foi recebido na Câmara Municipal de Sardoal, depois inaugurou a Residência Lúcio Serras Pereira, da Santa Casa da Misericórdia e seguiu para o Centro Cultural.

Para quiser ver algumas imagens e um video, pode aceder a estes links da página oficial da Presidência da República:


ou

Graffiti na Biblioteca II

Aqui está o resultado final do graffiti.
















terça-feira, 21 de setembro de 2010

Graffiti na Biblioteca

Nas traseiras da Biblioteca irá funcionar uma das tasquinhas, a da Associação de Jovens do Sardoal, chamada de Estímulo AJS.

Esta terá uma decoração especial, um Graffiti. Neste momento ainda está em fase de execução, mas esperamos dar a sua conclusão.

O artista é o Ricardo Constantino, mais conhecido por Vipe.

A arte de Graffiti é muitas vezes confundida com vandalismo, mas não é. O Graffiti é uma forma de arte pública, pois ao contrário de uma galeria ou museu, os graffitis surgem nos espaços públicos, nas ruas, acessíveis a todos. São formas de expressão, como qualquer outra, transmitindo mensagens.

Há um estudo prévio daquilo a desenhar, na maioria dos casos; depois é só passar para uma parede através de latas de spray coloridas.

Espero dar o resultado do trabalho nos próximos dias.

Mas as traseiras da Biblioteca estão a ficar muito mais coloridas.








 




Festas do Concelho

De 22 a 26 de Setembro serão as Festas do Concelho no Sardoal.

Haverá música para todos os gostos, tasquinhas, artesanato, hipismo, BTT, concentração de motards, exposições, etc.

A vila já está devidamente engalanada só falta começar.




Feriado Municipal

Amanhã celebra-se o feriado municipal.

A 22 de Setembro de 1531, o Rei D. João III  na cidade de Évora escreveu uma Carta de Mercê e Doação à Vila do Sardoal.

Por esse motivo, celebra-se o Feriado Municipal nesse dia. Este ano será o seu 479º aniversário.

Aqui fica as duas transcrições, em português do século XVI e no actual.

Carta de Mercê e Doação do Rei D. João III à Vila do Sardoal no ano de 1531
 
Transcrição
 
Dom Johan etc a quantos esta mynha carta virem faco saber que vemdo eu o grande crescimento que louvores a Noso Senhor Jhesus se faz na povoacam do lugar dito Sardoall termo da villa d’Abrantes e como esta emnobreceu de fidalgos, cavalleiros, escudeiros e homens de cryacam e pessoas d’onra que nella vyvem e que muy bem me podem servyr com armas e cavalos e asy de muyto povo pelos quaes sam feitos no dito lugar muytas bem feytorias de homens e de muy boas cazas e asy dentro nelle como fora muytas erdades de vinhos e olyvaes e outras muytas bem feytoryas nas quaes cada vez mays se faz e crescem per estas cauzas e esperar que ho dito lugar va em muyto mayor crescimento e nobreza e por o aver asy per muyto meu servyço sem os moradores delle nem outros per elles mo requererem nem pedirem de meu motu proprio poder reall e absoluto desmembro e tyro pra todo sempre o dito lugar do Sardoall do termo da dita villa d’Abrantes cujo termo ate qui foy e o faco per esta presente carta villa e mando que daquy endiante se chame villa do Sardoall e tenha sua jurisdicam apartada per sy, e sem reconhecimento algum a dita villa d’Abrantes e como asim as outras villas de meus Reynos e com o termo que lhe mandey ordnar e sam como he declarado e contheudo na carta que dita mandey pasar asygnada per mym e a sellada do meu sello do qual termo quero e mando que uze pra seus logradoyros pacygos e montados e todas as outras serventyas e couzas asym e naquella propria forma e maneira que uzam de seus termos as outras vyllas de meus reynnos sem os moradores e povo da dita villa do Sardoal reconhecerem nyso nem em nenhuma outra couza de qualquer calydade e condicam que seja a dita villa d’Abrantes e cujo termo ate qui foy da qual a desmembro e a parto pra todo sempre como ditto he. Permi o notifico asy a todos os meus corregedores e aos Juyzes moradores e povo da dita villa d’Abrantes e a todos e a quaesquer officeaes e pessoas a quem esta mynha carta for mostrada que a dita villa reconhecam que eu mando que a facam daquy por dyante o dito lugar do Sardoal por villa per sua jurisdicam apartada e aos moradores della deixem fazer suas eleyções de Juizes e Vereadores Procuradores e os outros offeciaes do Concelho segundo forma de mynhas ordenacoes e regymentos e em tudo usar dos prevylegios gracas lyberdades de que usam as outras villas do Reynno e como de direito lhe pertence e dello devam de usar e asy do termo que per my lhe foy ordenado e limytado pela dita mynha carta sem duvyda nem embargo algum que meu sello seja posto e mando aos moradores e povo do dito lugar que daquy em diante de chamar villa de Sardoall e em tudo usem como villa que eu faco no modo sobredito e em cousa alguma nem per maneira alguma reconhecam nem obedecam a dita villa dita d’Abrantes per que asy mynha merce e por certydam dello esa mandey dar esta carta per mim asygnada e a sellada do meu sello de chumbo com pendente dada em a cydade d’Evora a xxii dias de Setembro. Pero d’Allcacova Carneyro a fez anno de Nosso Senhor Jhesu Christo de myll bcxxxi annos.
 
Português corrente:
 
Dom João etc. A quantos esta minha carta virem, faço saber que vendo eu o grande crescimento e louvores a Nosso Senhor Jesus se faz na povoação do lugar dito Sardoal, termo da vila de Abrantes e como esta se enobreceu de fidalgos, cavaleiros, escudeiros e homens de criação e pessoas de honra que nela vivem e que muito bem me podem servir com armas e cavalos e assim de muito povo pelos quais são feitos no dito lugar, muitas benfeitorias de homens e de muitas boas casas e assim dentro nele como fora muitas herdades de vinhos e olivais e outras muitas benfeitorias nas quais cada vez mais se faz e crescem por estas causas e esperar que o dito lugar vai em muito maior crescimento e nobreza e por o ver assim por muito meu serviço sem os moradores dele nem outros por eles mo requererem, nem pedirem de meu motu próprio poder real e absoluto, desmembro e tiro para todo sempre o dito lugar do Sardoal do termo da dita vila de Abrantes cujo termo até aqui foi. E o faço por esta presente carta, vila e mando que daqui em diante se chame vila do Sardoal e tenha sua jurisdição apartada por si, e sem reconhecimento algum da dita vila de Abrantes e como assim as outras vilas de meus Reinos e com o termo que lhe mandei ordenar, e são como é declarado e conteúdo na carta, que a dita mandei passar assinada por mim e selada do meu selo, do qual termo quero e mando que use para seus logradouros, pacigos e montados e todas as outras serventias e coisas assim e naquela própria forma e maneira que usam de seus termos as outras vilas de meus reinos, sem os moradores e povo da dita vila do Sardoal reconhecerem nisso nem em nenhuma outra coisa de qualquer, qualidade e condição que seja a dita vila de Abrantes e cujo termo até aqui foi da qual a desmembro e aparto para todo sempre como dito é. Por mim o notifico assim a todos os meus corregedores e aos juizes, moradores e povo da dita vila de Abrantes e a todos e a quaisquer oficiais e pessoas a quem esta minha carta for mostrada, que a dita vila reconheçam que eu mando que a façam daqui por diante o dito lugar do Sardoal por vila, por sua jurisdição apartada e aos moradores dela deixem fazer suas eleições de Juizes e Vereadores, Procuradores e os outros oficiais do Concelho, segundo forma de minhas ordenações e regimentos e em tudo usar dos privilégios, graças, liberdades de que usam as outras vilas do Reino. E como de direito lhe pertence e dele devam de usar e assim do termo que por mim lhe foi ordenado e limitado pela dita minha carta, sem duvida nem embargo algum que meu selo seja posto e mando aos moradores e povo do dito lugar que daqui em diante de chamar vila de Sardoal e em tudo usem como vila que eu faço no modo sobredito e em coisa alguma nem de maneira alguma reconheçam nem obedeçam à dita vila dita de Abrantes, porque assim minha mercê e por certidão dele essa mandei dar esta carta por mim assinada e selada do meu selo de chumbo com pendente. Dada na cidade de Évora a 22 dias de Setembro. Pedro de Alcáçova Carneiro a fez no ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e quinhentos e trinta e um anos.

Conversor para a nova ortografia

Como sabem o Português vai ter algumas alterações de ortografia dentro em breve. Já há algumas publicações a seguir essa nova forma de escrita, como o caso do jornal Expresso e da revista Visão.

Mas para quem tenha dúvidas, ou queira fazer uma conversão rápida, o Portal de Língua Portuguesa tem disponivel uma nova ferramenta: o Lince.

O Lince converte ficheiros de texto na grafia que estamos a usar agora, para a nova grafia.
Segundo o Portal, suporta vários formatos e permite em simultâneo converter vários documentos de qualquer dimensão.

Para isso, basta aceder a este link:


Além da conversão, explica aquilo que vai mudar com o novo Acordo Ortográfico:

"As Mudanças Principais

Esta página identifica e descreve todas as regras de escrita que mudam com o Acordo Ortográfico de 1990 face ao Acordo de 1945, vigente em Portugal, PALOP e Timor, e face ao Formulário Ortográfico de 1943, em uso no Brasil. As mudanças que afetam apenas a grafia usada no Brasil são marcadas a violeta; as que incidem sobre a forma de escrever nos restantes países são indicadas a azul.

 

antirrevolucionar
codependente

Com o Acordo Ortográfico, a presença do hífen em palavras prefixadas torna-se mais restrita e as regras que determinam o seu uso mais sistemáticas. De modo geral, em grande parte das situações deixa de se usar hífen em palavras prefixadas. Por exemplo, passa a escrever-se codependente e contraindicação em vez de co-dependente e contra-indicação. Mesmo nos casos em que o segundo elemento da palavra prefixada começa por r ou s deixa de se usar hífen, duplicando-se antes essa letra: antirrevolucionar e não anti-revolucionar, contrassenha e não contra-senha. No entanto, continuam a existir alguns casos em que o hífen é usado em palavras prefixadas: quando a palavra prefixada começa por h (anti-herói) e quando a última letra do prefixo é igual à primeira letra da palavra prefixada (mantém-se contra-ataque, por exemplo) *Existem outras exceções, nomeadamente as que envolvem as consoantes nasais m e n, que, nos casos em que a sua aglutinação ortográfica implique uma leitura indesejada ou uma violação das restrições contextuais (e.g. *np) da ortografia do português, continuam a escrever-se com hífen: mantém-se, pois, circum-navegar e pan-brasileiro.

Os prefixos átonos como co-, re-, pre- ou pro- representam outra exceção, sendo sempre escritos sem hífen, mesmo quando a primeira letra do segundo elemento repete a última do primeiro (por exemplo, nas palavras cooperação e preencher). Há ainda alguns prefixos que levam sempre hífen: ex- (com sentido de anterioridade), e prefixos graficamente acentuados como pré- e pró-. Em todos os outros casos, as palavras prefixadas não são divididas por hífen.

As locuções, quando o eram, deixam de ser escritas com hífen: fim de semana e não fim-de-semana; cor de vinho e não cor-de-vinho. Do mesmo mode, devem ser escritas sem hífen sequências constituídas pelos advérbios não ou quase e outra palavra: não alinhado, não fumador, quase dito.

anti-/-incêndio
Passa a ser obrigatório (anteriormente opcional) repetir o hífen na linha seguinte nos casos em que a translineação se faz onde exista já um hífen: anti-/-incêndio.

As formas monossilábicas de haver deixam ser ligadas por hífen à preposição de: há de e não há-de.

Acento

tônico/tónico
O uso do acento circunflexo ou agudo nas vogais e e o passa a depender da forma como essas vogais são lidas em cada país. Visto que a pronúncia de palavras como tônico / tónico é diferente no Brasil e nos restantes países, na prática continua a escrever-se da mesma forma: em Portugal, nos PALOP e em Timor continua a escrever-se tónico, no Brasil mantém-se a forma tônico. No entanto, ambas as formas passam a ser legalmente corretas em todos os países, desde que usadas de forma sistemática, sendo a norma de cada país a determinar a forma que deve ser usada no seu espaço geográfico.

 pela, pera, para
Algumas palavras que antes tinham acento gráfico apenas para serem distinguidas de homógrafos (ou seja, de palavras que se escrevem da mesma forma) deixam com o novo acordo de ser acentuadas: assim, escreve-se agora pelo e não pêlo, deixando de se distinguir da contração da preposição por com o artigo definido o. Da mesma forma, passa a escrever-se pela e não péla, para e não pára (imperativo singular do verbo parar).*A exceção é a forma verbal pôr, que se mantém diferente da preposição por. A a 1ª pessoa do plural do presente do conjuntivo do verbo dar continua opcionalmente a poder ter a forma dêmos, a par de demos.

 joia, ideia
Segundo as novas regras, os ditongos tónicos na penúltima sílaba deixam de ser marcados com acento gráfico: assim, palavras como jóia e paranóico passam a escrever-se joia e paranoico. Esta regra aplica-se também às palavras com ditongo ei tónico, que no Brasil eram até aqui escritas com acento: idéia e nucléico passam a ser escritas como nos restantes países, ideia e nucleico.

desague, baiuca
As formas verbais de verbos cujo infinitivo termina em -guar, como desaguar, e em -quar, como adequar, com u acentuado depois de g ou q, deixam de ser marcadas com diacrítico - adeque e não adeqúe para o conjuntivo presente e o imperativo de adequar. Também desaparecem os acentos gráficos nas vogais tónicas i e u quando são antecedidas de um ditongo: baiúca passa a escrever-se baiuca, saiinha passa a ser a forma correta da palavra que antes se escrevia saiínha.

Consoantes Mudas

ação, colecionador, atual, rececionista, perceção, ótimo
Quando precedem um t, ç ou c, as letras c e p passam a escrever-se apenas se forem pronunciadas: ação em vez de acção, ótimo por óptimo. Nas sequências mpt, mpc e mpç o m passa a ser escrito n quando o p não se escreve: perentório e não peremptório. Em todos estes casos, quando a consoante é realizada na pronúncia realiza-se também na ortografia: pacto não passa a ser escrito *pato.
 À semelhança do que já sucedia no Brasil, esta regra passa a aplicar-se também em Portugal, nos PALOP e em Timor.


cacto/cato
Ainda de acordo com a regra anterior, nos casos em que a pronúncia de uma palavra varie quanto à pronúncia de c ou p, ambas as formas sco aceitáveis, sendo a consoante escrita opcionalmente ou de acordo com a pronúncia dominante em cada país. Assim, detectar será aceite no Brasil, mas nos restantes países a norma aconselhará detetar. Da mesma forma, deverá poder escrever-se em todos os países caraterística ou característica, refletindo a variação existente na oralidade nos espaços em que o português é falado.
 amígdala/amídala

A primeira letra nas sequências gd, tm, mn e bt pode também não ser escrita sempre que a forma como a palavra é dita num dado espaço geográfico o permita Esta regra não vem alterar mais que o estatuto de algumas formas, no entanto: a grafia amídala para a palavra amígdala continua a ser possível no Brasil, sendo no entanto desaconselhada nos restantes países, onde o g é sempre pronunciado. Da mesma forma, a palavra omnisciente continuará a escrever-se opcionalmente no Brasil como onisciente, devendo os outros países continuar a usar a primeira.

 Trema

sequência
No Brasil, deixa de ser usado o trema para distinguir as sequências qu e gu em que o u é realizado foneticamente. Passa a escrever-se sempre sequência, deixando seqüência de ser possível; da mesma forma, aguentar e não agüentar.

 Maiúsculas

janeiro, verão, norte
Várias palavras passam a ser escritas com minúscula em vez de maiúscula: os meses (escreve-se agora janeiro e não Janeiro), as estações do ano (verão em vez de Verão) e os pontos cardeais (sudoeste em vez de Sudoeste).
 professora, avenida
Passa a ser opcional o uso da letra maiúscula em formas de tratamento (professor ou Professor, opcionalmente), e logradouros públicos (avenida da Liberdade ou Avenida da Liberdade, também opcionalmente).

 Alfabeto

kantiano
As letras k, w e y, que até agora não eram consideradas parte do alfabeto do português, são agora nele incluídas. No entanto, o uso destas letras não sofre qualquer mudança, continuando a usar-se apenas em palavras com origem noutras línguas e nas palavras que delas derivam.
 Letra h

úmido/húmido
A descrição do uso da letra em início de palavra, como em hotel, é mais detalhada no Acordo Ortográfico de 1990. No entanto, a situação na prática não muda: o h inicial é usado apenas quando existe uma justificação etimológica para isso, mas não quando a escrita sem é h já consagrada pelo uso. Ou seja, em casos como úmido/húmido, a grafia usada mantém-se diferente de acordo com o país: continua a escrever-se húmido nos PALOP, Timor e Portugal e úmido no Brasil."

Tem mais informações além desta. Para quem tenha dúvidas, este será um local onde poderá tirar as dúvidas e fazer conversões.
Hífen