terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Autor em Destaque: Yukio Mishima

Kimitake Hiraoka nasceu a 14 de Janeiro de 1925, em Tóquio, Japão.

 
Filho de um funcionário público, foi educado pela avó paterna, ligada à Era Tokugawa. Teve uma infância isolada, pois a sua avó raramente o deixava sair da sua vista.

Com a Segunda Guerra Mundial, foi declaro inapto para o serviço militar e destacado como funcionário fabril, pelas autoridades. Este acontecimento foi marcante para a sua vida, pois viu-o como não podendo dar a vida pela pátria caso fosse necessário.

Mudou o nome para Yukio Mishima, ocultando as suas aspirações ao pai, um inimigo da literatura. Publicou a sua primeira obra em 1944, com o título de Hanasakari No Mori.

Com a derrota do Japão em 1945, Mishima frequentou o curso de Direito na Universidade de Tóquio, trabalhou como funcionário público até se dedicar exclusivamente à escrita.

Em 1949 publicou o seu primeiro romance de sucesso, Kamen No Kokuhaku, de carácter autobiográfico, lidava com a descoberta da homossexualidade do autor. Obcecado com a sua forma física, começou a praticar culturismo e artes marciais, tornando-se mestre de Karate e Kendo. Procurou assumir-se nos protagonistas das suas obras, chegando a posar para retratos fotográficos como um marinheiro afogado por um naufrágio, como em Gogo No Eiko (1963), ou um samurai matando-se pelo harakiri , o suicídio ritual japonês, como na obra Hagakure Nyumon (1967).

Em 1954 publicou Shiosai, um dos seus trabalhos mais conhecidos. Foi adaptado para o cinema por diversas vezes.

Embora tivesse adoptado o vestuário do mundo ocidental, Mishima era grande admirador das glórias do Japão imperial. Em 1968 conseguiu agrupar um pequeno exército de cerca de uma centena de jovens, dispostos a morrer pela restauração do Bushido , o código de honra dos guerreiros samurai. Liderou a sua milícia na tomada do quartel-general do exército japonês em Tóquio, mas perante o fracasso preferiu tirar a sua própria vida com uma espada, através do ritual japonês, o seppuku.

Morreu a 25 de Novembro de 1970, gritando “Viva o Imperador”.



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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