No passado dia 6 de Outubro foi anunciado o Prémio Nobel da Literatura de 2011, este ano entregue ao poeta sueco: Tomas Tranströmer.
Tomas Tranströmer escreve sobre a morte, a história, a memória e é conhecido pelas suas metáforas. É um poeta que tem uma produção pequena, "não é prolixo", disse no final do anúncio o secretário da Academia, o historiador Peter Englund, embora esteja traduzido em várias línguas. Em Portugal, Tranströmer tem poemas publicados em duas antologias, uma delas chama-se "Vinte e um poetas suecos" (Vega ,1987).
Para ver todoa a notícia in http://www.publico.pt/Cultura/tomas-transtromer-e-o-premio-nobel-da-literatura--1515270
A Biblioteca tem para empréstimo domiciliário uma das antologias acima referidas, a Vinte e um poetas suecos, da qual transcrevemos o poema dedicado a Lisboa:
Lisboa
No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas calçadas íngremes.
Havia lá duas cadeias. Uma era para ladrões.
Acenavam através das grades.
Gritavam que lhes tiressem o retrato.
«Mas aqui», disse o condutor e riu à sucapa como se cortado ao meio,
«aqui estão políticos». Vi a fachada, a fachada, a fachada
e lá no cimo um homem à janela,
tinha um óculo e olhava para o mar.
Roupa branca no azul. Os muros quentes.
As moscas liam cartas microscópicas.
Seis anos mais tarde perguntei a uma senhora de Lisboa:
«será verdade ou só um sonho meu?»
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