quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Profissão dos Nossos Avós : Fotógrafo

No dia 23 de Novembro fizémos uma viagem no tempo e fomos a uma Profissão dos Nossos Avós, ao Fotógrafo, com a turma E do 1º Ciclo de Sardoal.

O fotógrafo convidado foi o Paulo Sousa, nosso colega, mas com uma vasta carreira na fotografia.
Começou por volta dos vinte anos, numa acção de formação, a qual incluía um módulo de fotografia. Os primeiros trabalhos dele foram nessa referida acção de formação, os quais foram de imediato usados pelos concelhos do Ribatejo, como bons trabalhos de fotografia. E o bichinho ficou e foi crescendo.

A fotografia ainda era na "era" do rolo fotográfico e da revelação; ao contrário de agora, que as fotografias guardam-se num cartão de memória e a revelação só agora é que vai ganhando alguma força, mas também de forma diferente.

Os produtos químicos usados na revelação eram altamente poluentes, mas nunca se pensou muito sobre o assunto.
As revelações tinham de ser numa divisão completamente escura, onde o rolo era tirado e colocado dentro de um tubo, onde se colocavam três tipos de líquidos: um para corroer a película nas zonas escuras e claras, dando as formas ao fotografado; um segundo para lavar e outro para ficar.
Só depois as luzes podiam acender-se.
A película passava por uma espécie de projector, que ia projectar no papel a imagem e depois é que aparecia a fotografia como nós a conhecemos.

Em média uma boa fotografia tirada por um bom fotógrafo tem uma duração média de 100 a 150 anos.
Por isso é que nos leilões de fotografias, elas são caras. Os fotógrafos estão a vender uma fotografia, mas também tempo, o tempo que durará a fotografia. (Paulo Sousa)

E como "aparece" a fotografia?... Essa foi a parte mais prática da actividade.
A Sala Infantil passou a ser uma máquina fotográfica, nós estávamos dentro de uma máquina fotográfica e íamos assistir ao processo.

A porta que dá acesso ao exterior foi coberta com cartolina preta, ao centro foi feito um buraco na cartolina e coberto com película de alumínio, que por sua vez foi feito um orifício e a sala ficou completamente escurecida. Estávamos dentro de uma máquina!

O Paulo Sousa segurava numa folha de papel de engenheiro (vegetal) em frente desse orifício, a uma pequena distância; as luzes estavam apagadas e nós víamos um reflexo nesse papel, daquilo que estava no lado de fora. O exterior estava reflecido nessa folha, invertido, ou seja, aquilo que aparecia estava de cabeça para baixo.  Era a nossa fotografia! E assim ficámos a saber como ela aparecia!

O que é preciso para fazer fotografia? Luz.
Esta é a parte essencial para qualquer fotografia.

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